A justiça Eleitoral proibiu a candidata Marta Suplicy e o Gilberto Kassab a utilizarem efeitos de computação gráfica em suas propagandas políticas. Ambas as campanhas acataram a decisão judicial e não vão recorrer ao TER-SP. As leis eleitorais proíbem “a utilização em inserções de computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais.”(Folha)

É lamentável o fato de nossas eleições estarem seguindo o exemplo da “democracia” americana. Lá, como aqui, os marqueteiros possuem mais importância do que os próprios políticos. O mais relevante não é ser honesto, ter coerência e ideologia políticas ou ter um histórico de luta pelo bem-estar social. É de grande valia se ter uma imagem que agrade ao imaginário do eleitor. Procuram-se candidatos que pareçam inteligentes, possuam boa aparência (sinônimo de ser branco e bem vestido), tenham boa retórica e carisma. A nosso presidente só conseguiu se eleger quando começou a agir como um homem comedido, elegante, convincente. Ele conseguiu criar uma imagem de mártir, um herói inabalável, incorruptível.


O que se vê nas eleições são propagandas carregadas de músicas, efeitos especiais, qualidade de imagem e emoções fortes. Eu quase choro quando vejo o quão é bonita a amizade entre o Aécio, Pimentel e o Lacerda (que é chamado de Márcio). O que mais me chateia é o fato de o programa Chaves ter mudado de horário. Não consigo mais assisti-lo. Aguardo ansiosamente pelo fim dessas eleições.