BHTRANS e Prefeitura abrem portas e janelas para o transporte particular
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Ônibus do sistema público de transporte de BH - provavelmente o 2004. Menos espaço, mais calor humano. Foto: Divulgação BHTRANS |
Articulação #ForaLacerda
Não, não é mais um movimento. Não é um aglomerado de jovens e juvenis que, dizem, fazem "obaoba" por causa da gestão municipal do sr. Márcio Lacerda. The hole is deeper than 6 feet.
Há uma articulação acontecendo nas virtualidades da internet que agora ganha o campo físico. Autointitulado "Fora Lacerda", o movimento aglutina demandas de diversas camadas da sociedade descontentes com a austeridade exagerada do empresário-gestor. "Não acredite em mim", mas na Fórum. A notícia é do dia 30, e chamava para um evento pontual. Entretanto, considere as demandas levantadas.
As reuniões do movimento já têm acontecido. Várias frentes já foram elencadas. E, como eu disse, não é só um "bando de badernistas" que está por trás disso, mas a classe AB do bairros Santa Lúcia, Sion e Cruzeiro; a Feira Hippie; o setor da educação municipal; e por aí vai.
Lançado em Belo Horizonte o movimento "Fora Lacerda"
Começa a ser articulado, via Facebook, um movimento que pede o impeachment do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), homem de confiança de Aécio Neves também apoiado por setores do PT. A primeira reunião ocorrerá neste sábado, 02 de julho, às 11h, na Praça da Estação. Márcio Lacerda, apesar de ter ampla maioria na Câmara de Vereadores, vem enfrentando crescentes críticas pela truculência da Guarda Municipal, medidas higienistas como o confisco das posses dos moradores de rua, a proibição de manifestações públicas, o despejo de moradores, o projeto de demolição de um dos marcos da cidade (o Mercado Distrital do Cruzeiro), a venda de ruas para a especulação imobiliária e, mais recentemente, a entrega da presidência do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo a seu filho, Tiago Lacerda. A página do protesto no Facebook continua recebendo adesões.
Uma Prefeitura que não ouve
Há alguns meses, acho que desde o ano passado, eu tenho tido uma discussão desacertada com a Prefeitura de Belo Horizonte em seus perfis nas redes sociais, principalmente no Twitter. E não sou o único neste discurso.
Na contramão do que supostamente desejamos de um órgão público - que é transparência e presteza nas respostas quando perguntamos algo -, a @pbhonline - perfil da PBH no Twitter - resigna-se à insignificante tarefa de divulgar as benesses por ela cometida. Contato que é bom, somente via Fale Conosco - que também não é uma instância funciona, explico abaixo.
Há alguns dias, eu venho percebendo a evasão d'@pbhonline em responder algumas de nossas questões via Twitter. Diferente do perfil @governomg, do Estado, que me respondeu depois de mencioná-lo em um post, parece a PBH estar surda, muda e cega para nossos reclames nessa mídia social. E isso somente contribui para com a nossa antipatia a essa gestão atual.
Pelo Twitter, a PBH convidou os seus seguidores a curtirem a sua página no Facebook. Indaguei se haveria algum tipo de interação por lá, já que no Twitter não havia nada do tipo. A resposta veio por Mensagem Direta, escondida, nada transparente - que disponibilizo aqui:
"Prezado, para contato com a PBH, solicitar respostas e informações, o Sr. pode acessar os canais do Fale Conosco do site que é o mecanismo disponível ao cidadão exclusivamente para esse propósito. Estamos à disposição para qualquer outra orientação. Clique no link a seguir para acessar o Fale Conosco: http://ow.ly/563EG Att"
Me mandou ir ao Fale Conosco. Em vez de flexibilizar na comunicação com o cidadão, prefere continuar com essa absurda e burra burocracia contra tempos de web 2.0/3.0. Uma seguidora mencionou que não adiantava nada o Fale Conosco, que ninguém sabe dar o encaminhamento certo, e que na ouvidoria da PBH ninguém responde. (Concordo, enviei à Ouvidoria uma solicitação no mês de abril - já estamos em junho, e não tive retorno.) Eis que chegam novas DMs, que eu comento:
"Prezado, no Fale Conosco existem pessoas de áreas específicas para responderem acerca de assuntos específicos. Naturalmente, em qualquer instituição, pública ou privada, não existem profissionais e atendentes que saibam sobre todos os assuntos. Portanto, orientamos as pessoas que de fato buscam por esclarecimentos, que procurem esses canais específicos. Att, ASCOM-PBH"
Se uma empresa é competente, o setor de Comunicação encaminha ao órgão responsável e dá destino. Eu já trabalhei com isso e sei como funciona. Bem sei que a Ouvidoria não é obrigada a saber de tudo, mas quando não recebemos resposta das nossas demandas, trata-se de uma incompetência generalizada.
O que está ocorrendo é que o perfil @pbhonline está indo na contramão da interatividade midiática. Mesmo outros órgãos públicos - como o Ministério da Cultura (@culturagovbr) estabelecem contatos, esclarecem dúvidas e respondem reclamações VIA TWITTER! E o MinC, como se sabe, não é pequeno. Então, por que a burocracia absurda no contato com a PBH? Será medo de o estagiário dar uma resposta inadequada? Será que isso revela que a PBH se tornou, depois que o atual prefeito foi eleito, em mais uma empresa que só pensa em lucro e que não quer o retorno de seu cliente?
As redes sociais têm causado mais danos que o Procon.
O que eu quero que a PBH entenda é que "Fale Conosco" é UM DOS MEIOS para efetuar a Comunicação entre cidadão e órgão público. Se estamos em tempos de seguir interesses e curtir afinidades, por que não fazer como o Governo Federal, que "conversa" com os seus usuários em vários perfis nas redes?
Então, PBH, depois desse pequeno ensaio, você vai continuar nos ignorando ou prefere adotar uma postura de interação com os seus seguidores? Lembre-se que ano que vem tem eleição - e não queremos nossas timelines lotadas de propagandas de uma gestão que não nos representa - não a mim, pelo menos.
PBH, ME OUVE!
Todo Mundo Odeia o Lacerda
A comoção contra a atual gestão da Prefeitura é tão grande que já se pensa em fazer um grande movimento contra as lambanças de Márcio e seus asseclas.
No dia 28 às 18h, diversas entidades vão discutir onde e a que horas vai ocorrer o grande ato "Todos Contra Lacerda" - a reunião será na Rua da Bahia, 504, 3º andar. Mas a data da manifestação já está definida: quinta, 3 de março.
Desapropriar para expandir
Parabéns pro Lacerda
Vende-se uma cidade
Está no noticiário, mas ninguém parece ter se dado conta da importância do fato nesta cidade de imprensa submissa: o prefeito Márcio Lacerda (PSB) vai promover a maior privatização de bens públicos que Belo Horizonte e talvez qualquer cidade brasileira já viu. Serão 81 imóveis municipais, que irão a leilão, inclusive o Mercado Distrital da Barroca e a mansão residencial do prefeito, localizada às margens da Lagoa da Pampulha, próximo do Museu de Arte, e que tem um painel de Guignard. A informação é que o painel será retirado, mas até que isso aconteça, é melhor desconfiar.
O pior, porém, é ver dezenas de terremos desocupados, com tamanhos variando entre 1 mil e 10 mil metros quadrados, segundo notícia do Estado de Minas, se transformarem em mais espigões. Se tem uma coisa de que Belo Horizonte não precisa hoje é que áreas públicas se transformem em empreendimentos imobiliários. Muito melhor seria ver esses lotes virarem praças e parques, para lazer da população, com muitas árvores para ajudar a despoluir o ar. Ao contrário do que se diz, Belo Horizonte tem pouquíssimas áreas verdes; tem muitas árvores, mas elas estão nos passeios.
Para piorar a situação, o prefeito gosta de privatizar espaços públicos, como fez com a Praça da Estação, cujo uso agora só se dá mediante pagamento de aluguel. E gosta também de transformar áreas verdes em empreendimentos imobiliários, como está fazendo com a Mata do Isidoro, que será transformada na Vila da Copa, visando a abrigar delegações para a Copa da Fifa.
A privatização dos espaços públicos será certamente a marca do mandato do prefeito empresário, que tenta administrar Belo Horizonte como uma empresa: o que não dá lucro – cultura, por exemplo – não tem serventia. Não à toa recebeu vaia monumental do maior auditório da cidade, o Palácio das Artes, durante o Festival Internacional de Teatro (FIT), em agosto passado. Já tinha passado por isso na festa de encerramento do festival Comida di Buteco, em maio.
Empresário da cidade, o prefeito atua como auxiliar do capital, que destrói rapidamente todos os espaços vazios da cidade, derruba casas, escolas e até clubes – como acontecerá, ao que tudo indica, com o centro de lazer do América, no Bairro Ouro Preto – para erguer no lugar enormes edifícios.
É dever da prefeitura conter a especulação imobiliária, em defesa da qualidade de vida para os belo-horizontinos. Em vez disso age ela também a favor da deterioração do município. A intenção, diz a notícia, é fazer um caixa de R$ 200 milhões. O mercado vale no mínimo R$ 19,5 milhões; a casa do prefeito, R$ 1 milhão (só? Este é o preço de um apartamento na zona sul…). O governo FHC mostrou o que acontece com dinheiro de privatizações: desaparece sem trazer nenhum benefício social.
É incrível que nenhum representante dos belo-horizontinos, nenhum vereador, nenhuma organização da sociedade tenha ainda se levantado contra a realização desse crime contra o patrimônio público, movendo, inclusive, uma ação na justiça.
Atentado às Torres Gêmeas
A Cultura que exala
Mata que pode virar concreto
"Respeito. Eficiência. Compromisso Social." Esse é o slogan da atual gestão da Prefeitura de Belo Horizonte. Um tanto contraditório, se você pensar no que a PBH tem feito ultimamente. Desde a Praça da Estação, passando pelo FIT, pegando o bonde na Parada Disney e chegando na Mata do Isidoro. Mais uma carta do baralho. Respeito, oi?

De acordo com a PBH, serão 72 mil apartamentos ao valor médio de R$ 100 mil, o que dá R$ 50,4 milhões ano de aumento na arrecadação do IPTU (0,7% alíquota).No entanto, para administrar uma regional com a população de 250 mil pessoas, esses recursos não serão suficientes. É só ver o exemplo da Administração Regional Venda Nova, que têm a mesma população e um orçamento de R$ 99,2 milhões. Isso tudo sem mencionar a necessidade de contratar novos guardas municipais, agentes de trânsito, agentes de saúde, médicos, enfermeiros, professores, educadores infantis, garis, lixeiros e muitos outros não incluídos na folha de pagamento da nova regional.
Embora a operação urbana do Isidoro vá gerar R$ 10 bilhões de faturamento para seus empreendedores, a PBH planeja investir R$100 milhões em obras de infra-estrutura da nova regional. Ainda que a lei fale que tal responsabilidade é do setor privado.
Ajude a evitar este absurdo, envie um e-mail para os vereadores e peça para QUE TODAS AS OPERAÇÕES URBANAS QUE ENVOLVAM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL SEJAM REMOVIDAS DO PL 820/09 e, se necessário, reapresentadas em um diferente projeto de lei para que possamos responsavelmente discutir o que será feito do destino de cada uma destas áreas. O endereço de cada um deles, já pronto para ser copiado e colado no remetente de novos e-mails, abaixo:
adrianoventura@cmbh.mg.gov.br, albertorodrigues@cmbh.mg.gov.br, alexandregomes@cmbh.mg.gov.br, anselmojosedomingos@cmbh.mg.gov.br, arnaldogodoy@cmbh.mg.gov.br, autairgomes@cmbh.mg.gov.br, brunomiranda@cmbh.mg.gov.br, cabojulio@cmbh.mg.gov.br, pastorcarlos@cmbh.mg.gov.br, chambarelle@cmbh.mg.gov.br, divinopereira@cmbh.mg.gov.br, edinhodoacougue@cmbh.mg.gov.br, elainematozinhos@cmbh.mg.gov.br, eliasmurad@cmbh.mg.gov.br, fredcosta@cmbh.mg.gov.br, geraornelas@cmbh.mg.gov.br, geraldofelix@cmbh.mg.gov.br, gunda@cmbh.mg.gov.br, henriquebraga@cmbh.mg.gov.br, hugothome@cmbh.mg.gov.br, iranbarbosa@cmbh.mg.gov.br, joaolocadora@cmbh.mg.gov.br, joaooscar@cmbh.mg.gov.br, joaovitorxavier@cmbh.mg.gov.br, leoburguesdecastro@cmbh.mg.gov.br, leonardomattos@cmbh.mg.gov.br, luistibe@cmbh.mg.gov.br, luziaferreira@cmbh.mg.gov.br, marialscarpelli@cmbh.mg.gov.br, moamedrachid@cmbh.mg.gov.br, neusinhasantos@cmbh.mg.gov.br, pablito@cmbh.mg.gov.br, paulinhomotorista@cmbh.mg.gov.br, paulolamac@cmbh.mg.gov.br, preto@cmbh.mg.gov.br, pretosacolao@cmbh.mg.gov.br, pricilateixeira@cmbh.mg.gov.br, ronaldogontijo@uai.com.br, sergiofernando@cmbh.mg.gov.br, silvinhorezende@cmbh.mg.gov.br, wellingtonmagalhaes@cmbh.mg.gov.br
E o pateta, passa quando?
FIT 2010 des-cancelado
No último dia 18, Thaís Pimentel anunciou o cancelamento da 10ª edição do FIT numa coletiva que tinha, como assunto principal, a divulgação do resultado da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Como justificativa, dificuldade para realizar o festival em anos de Copa do Mundo e eleições.
Desde então, ocorreram várias manifestações, da classe artística, de políticos e da sociedade civil, pedindo a realização do festival.
Na carta aberta entregue nesta terça à Thaís Pimentel, presidente da FMC, Eid Ribeiro e Richard Santana revelaram que o cancelamento foi em consequência de problemas orçamentários que impediram que a equipe do FIT realizasse seu trabalho. Entre eles, o atraso nos salários durante os seis primeiros meses da gestão de Márcio Lacerda e os últimos cinco meses, desde novembro.
A curadoria do festival também teve dificuldades de verba para as viagens de prospecção de espetáculos, e a situação financeira não se estabilizou até março deste ano, quando foi decido o cancelamento, pois algumas companhias internacionais começaram a desfazer os convênios com o festival por conta da falta de contratos assinados.
Para receber o Mickey, nós fazemos papel de Pateta (parte 2)

A intenção dos organizadores da Parada Disney era de que a Pampulha virasse o palco da fantasia, mas o desfile foi marcado por muita confusão. A situação caótica na região desanimou o público e milhares de crianças voltaram para casa frustradas, algumas até chorando.
Movimento começou cedo
O início do evento estava programado para as 16h, mas desde o meio-dia o trânsito já estava complicado para quem ia em direção à lagoa. Além da parada, havia programação cultural e infantil desde o início da manhã, com as comemorações do "dia da família".
O transtorno começou para valer por volta das 15h. As pessoas que chegaram mais cedo conseguiram se acomodar próximo às grades que delimitavam o local do desfile. Por volta das 16h, as ruas secundárias que davam acesso à lagoa da Pampulha estavam lotadas de carros, ônibus e pessoas a pé, debaixo de um calor de mais de 30 graus.
A organização do evento esperava receber 120 mil pessoas, quase dois Mineirões cheios, e mesmo assim, o isolamento de ruas para o tráfego de veículos se limitou ao raio de um quarteirão da lagoa, na região do bairro Bandeirantes. O resultado: antes mesmo de o desfile começar, uma multidão voltava pelas ruas e avenidas de acesso, carregando crianças decepcionadas por não conseguirem nem mesmo chegar perto do isolamento que separava a calçada da via onde acontecia o desfile.
Quem conferiu o evento de perto viu cinco carros alegóricos e seis veículos menores com cerca de 150 atores e bailarinos. Famosos personagens infantis passaram pela pista interna da orla da lagoa, entre eles Pequena Sereia, Ursinho Pooh, Pateta, Pato Donald e o brasileirinho Zé Carioca.
"Não deu pra ver"
O policial militar Cesar Macedo, 48, tentou aproveitar a folga para sair com seus dois filhos, Junior, 8, e Camila, 12, mas só o que viu foi confusão: "Não deu mesmo. Ainda bem que os meninos são maiores e já entendem, mas não deixa de ser uma decepção. Vamos tentar chegar ao parque para compensar", lamentou.
O construtor Adilson de Souza Reis e a esposa, Flávia Pinheiro Reis, também pretendiam assistir ao desfile com os dois filhos. Surpreendida com a confusão no trânsito, a família demorou cerca de duas horas para percorrer seis quilômetros. "Tive que estacionar meu carro longe da orla. Andamos muito e quando, finalmente, chegamos já era tarde", lembrou Adilson, indignado.
Algumas crianças menores choravam sem entender por que estavam voltando sem ver o desfile. "Belo Horizonte não suporta esse tipo de evento. Demorei quase uma hora para conseguir parar o carro. Quando vi que não ia dar pra aproximar da orla, tentei distrair os meninos com um sorvete, mas não deu muito certo", dizia o administrador de empresas Rômulo Padovani, 40, que levava pela mão o inconsolável casal de gêmeos Artur e Maria Olívia, de 5 anos.
Gleison Costa Silva saiu de ônibus do Barreiro, às 11h, com a mulher, Vânia, e o filho Cauã, de 6 anos. Desceu no centro e pegou outro coletivo na avenida Santos Dumont para chegar à Pampulha: "Nunca mais eu faço isso. Não vale a pena. Está muito cheio e tem muito adolescente já grande, que não respeita ninguém e chega empurrando". A mulher dele ainda completou: "Eu sempre quis ir na Disneylândia, desde menina, mas nunca pude e acho que nem vou poder. O passeio era mais pra nós do que para o Cauã".
A dona de casa Marcélia Suzano, 56, disse ainda que os flanelinhas estavam agindo livremente. "Tive que pagar R$ 10 adiantado para um sujeito muito mal-encarado que praticamente nos ameaçou e agora, quando voltei, sem ver a tal da parada, meu carro está fechado por outros dois carros e o sujeito já desapareceu. Pior é que não achei nenhum policial para reclamar". O carro de Marcélia estava parado em uma rua estreita, a dois quarteirões da lagoa, próximo à avenida Alfredo Camarati.
Trânsito e caos
Além do público que desistiu de assistir ao desfile e voltou para casa decepcionado, muitos espectadores não conseguiram chegar à orla da Lagoa da Pampulha a tempo de conferir o espetáculo. Nas principais vias de acesso à região, o trânsito ficou praticamente parado.
Segundo a BHTrans, a situação foi mais complicada nas avenidas Catalão e Antônio Carlos. Foi registrada ainda retenção no Anel Rodoviário, desde o shopping Del Rey até a Via Expressa. Os pedestres também sofreram e ruas dos principais bairros da região, como Bandeirantes e Castelo, ficaram intransitáveis.
No bairro Ouro Preto, o trânsito ficou praticamente parado por duas horas nas ruas Mantena, Estanislau Fernandes e Monteiro Lobato, que dão acesso à avenida Fleming. Na rua Expedicionário Celso Racioppi, carros parados nos dois sentidos inviabilizavam a circulação.
Um ônibus da linha 3302 ficou parado a dois quarteirões da Fleming, sem conseguir ir para frente ou para trás. Os passageiros tiveram que descer e o motorista simplesmente sumiu do local por pelo menos meia hora, deixando o coletivo sob os cuidados do cobrador, fechando totalmente o acesso até mesmo para o trânsito local. Até as 18h, ainda havia filas de carros e o tráfego era lento em várias ruas dos bairros Bandeirantes, Ouro Preto, Castelo, Santa Terezinha, São Luis e São José.
Policiamento
Apesar dos transtornos causados para o público, a Polícia Militar informou que nenhuma ocorrência foi registrada durante o evento e considerou que ele transcorreu "de forma tranquila".
O major Márcio José da Silva, que comandou o policiamento na Parada Disney, informou que cerca de 200 mil pessoas compareceram à orla da Lagoa da Pampulha. "Nenhum incidente foi registrado. Infelizmente quem deixou para sair de casa na última hora ficou no congestionamento", concluiu.
Com relação aos flanelinhas, o major do 34º batalhão da PM disse que a ação foi combatida. "Tivemos 550 policiais trabalhando no evento e quando vimos algum flanelinha agindo, ele era retirado do local. Alguns foram até conduzidos para a delegacia". O policial não informou o número exato de flanelinhas detidos e reforçou que cabe à população denunciar esse tipo de abuso.
Justificativa
A prefeita em exercício, Luzia Ferreira, disse que o evento superou as expectativas, pois a população compareceu em massa.
"De fato existiram alguns transtornos, como dificuldade de acesso ao local, mas a quantidade de pessoas que compareceram mostrou o desejo da população de participar de um evento como esse. É difícil dimensionar antecipadamente o número de pessoas, já que o evento foi inédito na capital. Quando temos um jogo no Mineirão dá pra avaliar, pois jogos sempre acontecem, mas a Parada Disney foi a primeira. E quero ressaltar que a prefeitura não é promotora do evento e sim parceira".
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