O blog constantemente relata a falta de escrúpulos de certos políticos. Esses utilizam-se do poder de persuasão de seus marqueteiros para criar imagens politicamente favoráveis. Se apoiar Judas e criticar Jesus é popularmente bem visto, os políticos aderem à medida sem quaisquer constrangimentos. Caso contrário, mudam de opinião. Não importa mais a ideologia política.


Um bom exemplo dessa falta de coerência é a atual campanha do Geraldo Alckmin para a Prefeitura de São Paulo. A fim de ganhar o eleitor anti-petista e não perder os lulistas, Alckmin colocou um jovem negro (tinha que ser negro) em seu programa político afirmando: “Com Lula tudo bem, o problema é o PT”. Tal método não é novo na campanha do tucano. Para se mostrar como uma pessoa próxima das camadas populares nas eleições de 2006, ele ser era chamado de Geraldo nas propagandas e aparecia constantemente em público fazendo coisas considerados como da população carente. Comer buchada de bode no nordeste foi uma delas.


O mesmo Alckmin que criticava o Lula por sua falta de preparo para a presidência da República em 2006, agora afirma que ele merece crédito. Será que a sua opinião mudou tão rápido em dois anos? Ele se referia muito à falta de estudos do petista e à falta de competência para gerir assuntos internacionais.


Com 64% de aprovação, o governo Lula a cada dia perde oposição. Não se preocupam mais em criticar o governo, uma vez que tal ação pode atrapalhar a imagem do político que a praticar. Estão se voltando contra o PT e desassociando a imagem do partido com a do presidente. Já não vêem mais o presidente como forte ameaça, uma vez que não vai mais poder se candidatar e se mostrou flexível a alianças eticamente suspeitas.


Fazendo uma análise da pesquisa Data Folha para Prefeitura de São Paulo podemos perceber porque o candidato tucano está agindo dessa maneira. A intenção do político é ganhar votos da Suplicy nas regiões mais carentes da cidade e tirar votos do candidato do Kassab, que, provavelmente, são votos anti-petistas.