"Chora, não vou ligar..." (parte 2)

Tudo bem. Eu bem que não quis mencionar novamente esse título no post, visto que já o usei uma vez, quando Fernando Pimentel chorou, em 2008, dizendo que pagou "alto custo" pela aliança com Aécio para a Prefeitura de Belo Horizonte. Creio que, nos seus horizontes, ele vislumbrava um apoio recíproco para 2010, quando ele se candidataria Governador.

Só que não.

Ao se aliar com Aécio Neves, Pimentel traiu a confiança dos cidadãos de Belo Horizonte, que se viram num mato sem cachorro no segundo turno das eleições municipais de 2008. 

Deu as costas a Patrus Ananias, liderança petista histórica e deveras importante para o partido e para a capital. Foi ficar de fofoquinha com o neto do Tancredo.

E, recentemente, pediu arrego ao PT de Minas, entregando a sua provável disputa ao Palácio Tiradentes ao boneco global do Hélio Costa.
Agora, Fernando Damatta Pimentel recebe o que merece. Tudo é vai e volta.



Antes de começar a campanha eleitoral, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) andava nas nuvens:

  • Era o amigo predileto da candidata à Presidência por seu partido, Dilma Rousseff;
  • O todo-poderoso da campanha presidencial;
  • E pule de dez na corrida pelas vagas ao Senado por Minas Gerais.

Agora em plena campanha, com as pesquisas apontando Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS) nas primeiras colocações para o Senado por Minas Gerais, Pimentel vive um inferno astral:

  • Terá que fazer campanha mesmo, que era o que menos queria;
  • Perdeu influência sobre a equipe de Dilma Rousseff;
  • E corre sério risco de se ver derrotado as eleições.


É. O Pimentel está com medo. #ReginaDuarteFeelings.

É o Fernando Pimentel, que tinha TUDO para governar este Estado de Minas Gerais, deixando-se quedar pelo ostracismo e decadência política. Tudo, por ter se aliado em 2008 com Aécio Neves. Tudo, por um deslumbre de curto prazo.

Tudo é vai e volta. Pimentel pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão. Então chora...



A Cultura que exala

Uma coisa que muito me incomoda nessa gestão municipal é a capacidade de a Prefeitura se apropriar de algo como se fosse dela. Isso ocorre, principalmente, no campo cultural. Se não, vejamos:

Antigos projetos que eram executados à época de Patrus e Célio de Castro, como a Arena de Cultura, simplesmente não existem mais. Ou, se existem, eu não vejo falar deles - é a máxima da Publicidade: um produto só existe quando é conhecido ou falado sobre. E eu não ouço falar.


Mas o que eu quero falar é mais exatamente sobre o texto que li hoje, a partir de um tweet da Fundação Municipal de Cultura: http://fr.pbh.gov.br/?q=node/158 (Cliquem e leiam, por favor. Eu não vou reproduzi-lo aqui.)

É inegável que a FMC tem a sua cota de participação, que ajuda a difundir a cultura etc. Mas, pelo menos para mim, o fatídico episódio do FIT, no começo do ano, e da Praça da Estação - que parece se desenrolar por um bom tempo ainda - foram o estopim para se crer que em Belo Horizonte a cultura vive à sombra, à margem do que deveria ser.

Isso, claro, sem falar no Carnaval da cidade. Conversava eu, uns dias aí para trás, com pessoas do cenário do samba de BH. E, inevitavelmente, caímos no tema da expulsão (essa é a palavra mais adequada) da GRES Cidade Jardim da sua quadra para o provimento de uma creche. A principal alegação era de que a área é invadida. Acho que alegações do tipo "é o melhor local para a creche" devem ter sido ditas.

Para quem não conhece, a Escola fica em um barranco, no Conjunto Santa Maria, zona oeste, bem próximo à Av. Raja Gabáglia. Para quem é de fora de BH, a Raja é uma avenida que só passa por lugare$ bacana$ - Gutierrez, Luxemburgo, Estoril, São Bento, Santa Lúcia e, em um trecho pequeno, corta o Aglomerado Morro das Pedras. Logo abaixo, encontram-se casas luxuosas e mansões ostentosas do high society bairro Luxemburgo, já na zona sul. Eu disse que a alegação da expulsão era a invasão do terreno, certo? Pois bem. Dois pesos e duas medidas: o Luxemburgo também é área de terras devolutas (leia-se invasão). Não sou eu quem disse, foi a pessoa com quem conversei. E eu não duvido nem um pouco dessa situação.

E como é que se estimula uma Cultura de Culturas expulsando escolas de samba e as deixando sem local para ensaiar? E como é que se estimula a diversidade cultural jogando o Carnaval para a putaquiupariu da Via 240? E como é que se estimula a Cultura fechando a Praça da Estação aos grupos culturais e abrindo à Coca Cola? E o fracasso e desespero que foi a Parada Disney, que simplesmente devastou a Pampulha para um evento da Nestlé (aí, mais um evento pago!), deixou muita gente frustrada e os moradores emputecidos? E os teatros municipais, que estão aos cacarecos? Chico Nunes já está fechado, de tão precário que se encontra. O Marília vai indo pelo mesmo caminho.

Estímulo à cultura. Cadê? Ela não pode ser feita em apenas um sentido.

Responda-me, Thaís Pimentel, por favor. Se quiser, te deixo um espaço para seu Direito de Resposta. Só não me deixe falando sozinho, como faz o Sr. "Prefeito" Márcio Lacerda.

Propaganda antecipada

Eita! Mal acabo de chegar e já recebo uma notícia totalmente excelente.

Via site do Estadão:





A ministra Nancy Andrighi do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou em R$ 7 mil o jornal Estado de Minas por ter publicado, no dia 10 de abril, matéria relativa ao lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da República.

Em representação, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a pena máxima de R$ 25 mil prevista na Lei das Eleições para quem fizer propaganda eleitoral antes do dia 5 de julho do ano das eleições.

De acordo com o MPE, o jornal, além de fazer referência ao conteúdo do material publicitário confeccionado para o lançamento da pré-candidatura de Serra, publicou no centro da página fotografias dos banners, em cores e formato próprios de propaganda paga.

Além dos banners, com a sigla do PSDB, a página questionada pelo MPE continha frases de apoio à candidatura de José Serra e sua imagem ao lado do ex-governador mineiro Aécio Neves. Em sua defesa, o jornal sustentou que a matéria veiculada é de cunho informativo, amparada no direito de liberdade de informação e comunicação, garantido pela Constituição Federal.


Bem... Digamos que, para os mineiros, isso não é novidade. O jornalão supracitado já é deveras conhecido por suas atitudes típicas de revista Veja.



Vedações em período eleitoral

Pessoal que nos lê neste blogue,

Passada a Copa do Mundo, hora de focar nas Eleições 2010. Só que tem um pequeno grande porém. O TSE soltou algumas normas para as mídias/redes sociais. Blogs se incluem. 

Como eu e meus compadres não queremos ver nosso pescoço pisado e nem a nossa bunda chutada, eu deliberadamente me resguardarei, seguindo as normas do Tribunal.

É vedado o anonimato. Além disso, os textos por mim postados e os comentários têm o mesmo peso na consideração do teor ofensivo. Quer dizer, se um anônimo vem e ofende o candidato A em prol do B, o candidato A pode processar o blog por causa do comentário anônimo, mesmo eu não tendo nada a ver com isso. O dono do blog será considerado como responsável solidário pelo conteúdo publicado na página. Quero dizer que, até outubro, a moderação de comentários estará ligada. Infelizmente. A contragosto. Muito contragosto.

O que não quer dizer que serei um censor chinês totalitário. Somente vetarei o que for expressamente ofensivo a algum candidato ou a alguma facção que se considere partido político.

Eu ainda acho que muita coisa deverá serdiscutida sobre direito e internet. Ainda nos é uma coisa recente, sem muita definição... Mas enfim, sigamos as ordens. Tá, né...

Leia mais sobre as vedações, proibições e não-permissões no texto abaixo, disponível neste link.Via @criticarbh.


Blogs

  • Está proibido o anonimato;
  • Quem criar uma página para apoiar algum candidato nas eleições deverá ter sua identificação claramente exposta no blog, responderá por qualquer excesso que ocorra no site e será denunciado por qualquer desvio destas condições;
  • Os textos postados pelo dono do blog quanto os comentários que são feitos na página têm o mesmo peso na consideração do teor ofensivo. Ou seja, o dono do blog será considerado como responsável solidário pelo conteúdo publicado na página, já que ele exerce a moderação;
  • Todo e qualquer tipo de site, seja blog ou não, que não o do partido, está proibido de inserir qualquer tipo de propaganda política – como, por exemplo, banners.


Twitter e outras redes sociais

As regras válidas para os blogs são válidas também para outras ferramentas de comunicação, como o Twitter e também redes sociais. Ou seja, o autor de uma comunidade no Facebook ou no Orkut será responsável pelos textos publicados naquele espaço e também em moderar os comentários emitidos.


E-mails
  • As eleições de 2010 no Brasil contam com uma lei específica de combate ao spam. A lei diz diz que os partidos podem criar um e-mail marketing, desde que qualquer mensagem eletrônica permita ao destinatário solicitar o seu descadastramento. E isso tem de ser cumprido em até 48 horas do recebimento da solicitação;
  • A venda de mailing aos partidos está proibida.

Direito de Resposta

O TSE implementará o direito de resposta a um candidato que se sinta prejudicado nos meios virtuais.


Provedores

Os provedores poderão ser acionados pelo TSE como responsáveis solidários. Ou seja, os provedores, de alguma forma, terão de ser ágeis e se preocupar mais em monitorar os blogs. No caso de algum problema, eles terão que ter rapidez para retirar o conteúdo considerado ofensivo pelo TSE.