Dilma Rousseff, primeira Presidenta da República Federativa do Brasil

Hoje, 31 de outubro de 2010 (Dias da Bruxas, por algum acaso...), Dilma Vana Rousseff elege-se a primeira presidenta do Brasil, continuando o legado de Luís Inácio Lula da Silva. Com 55% dos votos, derrotou José Serra, que ficou com 45% dos votos válidos. 

É, o Serra ficou nos 45, mesmo...

Em Minas Gerais, Dilma ficou com 58% e Serra com 42%. É a continuidade da Era Lula.

ACABOU!

Moderação de comentários DESATIVADA!

O Índio na tribo errada.

Cafetinagem Eleitoral

"Se você é uma menina bonita, consiga 15 votos. Para isso, pegue a lista de pretendentes e envie a eles um e-mail. Avise a eles que aqueles que votarem em mim terá mais chances com você. " Este foi o grande slogan do candidato José Serra em um evento em Uberlândia (Minas Gerais), que foi acompanhado ontem pelo ex-governador daquele estado, Aécio Neves. No desespero para conseguir os 10 milhões de votos que ele precisa para atender e superar sua adversária Dilma Rousseff, o PSDBista parece não medir o que fala.

Para dar um tom festivo ao evento, Serra trouxe batucadas devidamente pagas, além de ônibus com "militantes" que receberam 23 dólares [aproximadamente 40 reais] para a viagem entre Belo Horizonte e a cidade do interior de Minas. O candidato decidiu gastar a sua carga final em Minas Gerais, o terceiro [sic] maior colégio eleitoral do país, porque ele entende que ali poderá pegar a quantidade de votos que Dilma teve no primeiro turno. "Minas é o centro do país, é a síntese. E aqui vai decidir a eleição."

Na última pesquisa, divulgada ontem pelo instituto de prestígio Ibope, Dilma marca uma vantagem de nada menos que 14 pontos. Só um milagre ou um erro muito grave é capaz de colocar Serra Palácio do Planalto, em 1º de Janeiro de 2011. É claro que ele nada pode fazer até 20 horas no domingo, quando termina a apuração. Hoje, os dois candidatos se apresentam em seu debate final. Será na Rede Globo, no Rio de Janeiro.


Antes que me digam qualquer coisa, esse é um trecho de uma notícia que saiu no Clarín, periódico argentino.

Serra, foi mal. Mas para você chegar a Aécio falta muito tutano... Eu disse tutano, porque tucano você já é até demais...

Partido Alto Bolinha de Papel

Aê, Malandragi! Se liga que o som é sinixtro! Valei-me Bezerra da Silva!


Deixa de ser enganador
Pois bolinha de papel não fere e não causa dor...

Hugo Chavez discursando no COP15. Genial!

Se o clima fosse um banco, já tinham lhe salvado. (Hugo Chavez)

I love Serra!

Diga-me com quem Serra andas e eu te direi quem Índio és (parte 2)

Olha aí! Olha aí! Eu bem que disse!

Direto do site da Folha Online:


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu hoje [26/10] em Foz do Iguaçu (PR) vetar a Lei da Homofobia, caso ela seja aprovada pelo Congresso.

Segundo Serra, o projeto, como foi aprovado na Câmara, pode tornar um crime "semelhante ao racismo" a pregação de pastores evangélicos contra a prática homossexual.

Ele prometeu o veto depois de ser inquirido sobre o assunto por um pastor presente à 50ª Convenção Anual das Igrejas Assembleias de Deus do Paraná. A proposta, aprovada na Câmara, ainda não foi votada no Senado.

"Uma coisa é grupos de extermínio, praticando violência contra homossexuais, como já ocorreu em São Paulo. Outra coisa é o projeto como está, que passa a perseguir as igrejas que combatem a prática homossexual", afirmou.

Ele disse que, eleito, não terá dificuldades de fazer a maioria no Congresso, "sem barganhas" para evitar a aprovação da lei.

Convidado de honra dos evangélicos reunidos em Foz do Iguaçu (a 656 KM a oeste de Curitiba), Serra se comprometeu também a lutar contra pontos do Plano Nacional dos Direitos Humanos [PNDH-3] criticados pela Igreja.

Entre os temas estão a descriminalização do aborto, a união homossexual, a invasão de propriedades e questões relativas à liberdade religiosa.

Segundo o tucano, o Plano Nacional dos Direitos Humanos, "encaminhado por Dilma à sanção do presidente Lula", criminaliza "quem é contra o aborto".

Serra disse, a uma plateia estimada pelos organizadores em mais de mil pessoas, que o plano incentiva a invasão à propriedade, "não só ao imóvel rural, mas também a um apartamento".

Questionado sobre a união homossexual, Serra, que havia defendido a união civil, recentemente, em São Paulo, preferiu lembrar que a tentativa de controle social da mídia pode levar a situações de interferência na liberdade religiosa dos brasileiros.


Igrejas Assembleia de Deus Cia. Ltda. Limitada de cérebro e competência cognitiva mínima. Numa esquina mais próxima de você, de preferência num bairro pobre.

Que José Serra contraditório é esse que se envereda pelos direitos dos homossexuais ao defender a união civil, mas condena a prática da homofobia como crime? Se o racismo é considerado um ato infracional grave, por que não considerar o tratamento vexatório a uma pessoa com orientação sexual "diferente" do "normal" também como algo que mereça medidas cabíveis?

As pessoas não entendem. Uma coisa é você ser contra a homossexualidade - coisa que os evangélicos são desde criancinha. Outra coisa é você não querer defender o direito de alguém que, por ser diferente, continua sendo igual, como cidadão.

Sinceramente, eu gostaria que o José Serra me escreva e me diga, no PLC 122/06, onde raios está escrito que o projeto "passa a perseguir as igrejas que combatem a prática homossexual". Isso me cheira mais a conservadorismo retrógrado.

UPDATE - 23h16: Veja este vídeo se você tiver estômago para isso. Em que nível se chegou o pleito: a disputa chegou ao púlpito.

Só para concluir o post, três inverdades sobre o PLC 122/06:


1. É verdade que o PLC 122/2006 restringe a liberdade de expressão?

Não, é mentira. O projeto de lei apenas pune condutas e discursos preconceituosos. É o que já acontece hoje no caso do racismo, por exemplo. Se substituirmos a expressão cidadão homossexual por negro ou judeu no projeto, veremos que não há nada de diferente do que já é hoje praticado.

É preciso considerar também que a liberdade de expressão não é absoluta ou ilimitada - ou seja, ela não pode servir de escudo para abrigar crimes, difamação, propaganda odiosa, ataques à honra ou outras condutas ilícitas. Esse entendimento é da melhor tradição constitucionalista e também do Supremo Tribunal Federal.

2. É verdade que o PLC 122/2006 ataca a liberdade religiosa?

Não, é mentira. O projeto de lei não interfere na liberdade de culto ou de pregação religiosa. O que o projeto visa coibir são manifestações notadamente discriminatórias, ofensivas ou de desprezo. Particularmente as que incitem a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Ser homossexual não é crime. E não é distúrbio nem doença, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Portanto, religiões podem manifestar livremente juízos de valor teológicos (como considerar a homossexualidade "pecado"). Mas não podem propagar inverdades científicas, fortalecendo estigmas contra segmentos da população.

Nenhuma pessoa ou instituição está acima da Constituição e do ordenamento legal do Brasil, que veda qualquer tipo de discriminação.

Concessões públicas (como rádios ou TV's), manifestações públicas ou outros meios não podem ser usados para incitar ódio ou divulgar manifestações discriminatórias – seja contra mulheres, negros, índios, pessoas com deficiência ou homossexuais. A liberdade de culto não pode servir de escudo para ataques a honra ou a dignidade de qualquer pessoa ou grupo social.

3. É verdade que os termos orientação sexual e identidade de gênero são imprecisos e não definidos no PLC 122, e, portanto, o projeto é tecnicamente inconsistente?

Não, é mentira. Orientação sexual e identidade de gênero são termos consolidados cientificamente, em várias áreas do saber humano, principalmente psicologia, sociologia, estudos culturais, entre outras. Ademais, a legislação penal está repleta de exemplos de definições que não são detalhadas no corpo da lei.

Cabe ao juiz, a cada caso concreto, interpretar se houve ou não preconceito em virtude dos termos descritos na lei.


Eu voto Serra porque...



Eu vou ouvir comentários de que isso é obra do PT em 5... 4... 3...

Farsa em 6 Partes: vídeo comprova que Globo e Serra mentiram

#SerraRojas

Quem viu ontem o Jornal Nacional e hoje o Bom Dia Brasil pôde constatar que José Serra foi "duramente" "agredido" física e moralmente na caminhada dele no Rio de Janeiro. Ele andava pacificamente quando...


Só que rola o seguinte: o SBT filmou o exato momento onde o tal OVNI atingiu a cabeça do Serra. Veja:


Donde se afere, Watson, que Globo é pró-Serra desde 1964.

Daí, os criativos de plantão criaram a hastag #SerraRojas, no Twitter. Mas quem raios foi Rojas?

Roberto Rojas ficou mundialmente conhecido após o episódio da "fogueteira do Maracanã", quando fingiu ter sido atingido por um sinalizador num jogo entre Brasil e Chile. Rojas temia que seu time fosse desclassificado pelo Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990; então, junto com o zagueiro Fernando Astengo, bolou um plano para tentar impedir isso, que consistia em pedir o cancelamento da partida por falta de segurança. Rojas entraria em campo com um "prestobarba" escondida na luva e, em determinado momento, cortaria o próprio rosto, fingindo que uma pedra o haveria atingido. O sinalizador, portanto, foi apenas uma coincidência. No entanto, com a farsa descoberta, Rojas acabou banido da prática do futebol.

E, claro, não perdendo a piada, já tem gente na internet fazendo montagens com o acontecido. Destaco essa que eu recebi por e-mail, arte de um amigo meu:









Estou com medo do Serra...

Do blog amigos da presidente Dilma:

Padre dando bronca no Serra em Missa no Ceará.




Veja também a reportagem sobre a campanha do Serra na igreja.

Comparação

Dizer que Dilma Rousseff não tem carreira política é incoerente quando se tem Márcio Lacerda prefeito da quarta maior capital do país. E fim de papo.

Acadêmicos de José Serra: nota 3,75

Eu fico um tanto quanto grilado e desconfiado com algumas coisas que circulam na internet, difamando tanto o Serra quanto a Dilma. Mas o engraçado nessa história toda é que muito do que se atribui negativamente ao Serra existe comprovação documental.

Quer um exemplo? Veja só.

Encaminharam-me um e-mail escrito pelo Pedro Paulo Cava, respeitabilíssimo profissional do teatro (e da cultura em geral, como gestor) em Belo Horizonte. E eu tive que prestar atenção porque 1) o Pedro Paulo não iria divulgar coisas sem fundamento, creio eu e 2) fiquei curioso em procurar a fonte documental de tal alegação.

No texto, dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) revelam os votos do então deputado constituinte, José Serra, em relação aos direitos trabalhistas. Ele foi favorável a algumas coisas, como o piso salarial e a reforma agrária, mas absteve-se em questões importantes como o direito de greve do servidor público (hoje, garantido pela Constituição, mas não executável imediamente) e foi contra a redução da jornada para 40 horas semanais.

Confira outros votos de Serra contrários aos direitos do trabalhador:

1) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
2) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
3) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
4) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
5) negou seu voto pelo direito de greve do servidor público
6) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
7) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
8) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
9) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
10) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real.

LEGENDA: Bolinhas pretas = voto contrário. Bolinhas brancas = voto a favor. A = abstenção (negação do voto)

 
 Na propaganda, o Serra aparece apenas como Deputado Constituinte, mas ninguém publica os seus votos. O Departamento atribuiu nota 3,75 à atuação de Serra na Assembleia. Aécio Neves também votou contra a redução da jornada para 40 horas, além de se abster quanto ao direito de greve dos funcionários públicos - mas teve nota maior que seu "companheiro" tucano, 5,5. O ex-prefeito de BH Célio de Castro e o Lula ganharam nota dez. E aí?

(Só uma ponderação: não vi todo o debate de ontem. Mas senti que ambos estão "saindo pela esquerda", se é que você me entende...)

José Serra: 170/37=48!? Depois fala que é economista!

José Serra mente muito bem!

Serra informou curriculo falso no Senado

Manuela d'Ávila: Uma análise inicial sobre o debate da Band

*Texto escrito pela Manuela d´Ávila, a taxada deputada federal bonitinha do PC do B, que, como pode ser visto, vai muito além do injusto rótulo.


Quero escrever algumas linhas sobre o que assisti no debate de ontem. Alguns exclamarão: “como assim?!? Ela já tem candidata! É óbvio que concordará com o que Dilma disse.” A esses respondo: me sinto com o mesmo direito de análise que tem, por exemplo, o jornal Estadão (a diferença é que eles declararam o voto em Serra após 60 dias de cobertura pretensamente neutra. Eu sou Dilma desde que ela é candidata) .

Esse formato de debate não abre tanto espaço para a discussão de propostas concretas. São feitos para o enfrentamento de projetos. Talvez por isso não sejam muitos os votos disputados em debates. Alguns especialistas afirmam que os candidatos participam com dois objetivos centrais: o primeiro é condensar a base de apoio, dar argumentos para quem já decidiu o voto; o segundo é não perder votos. Eu incluiria outros: responder dúvidas legítimas dos eleitores; desconstruir determinadas imagens e opiniões.

Ontem gostei da participação de minha candidata no debate. Primeiro porque usou o espaço mais nobre da eleição, a televisão, para desconstruir a campanha baixíssima feita contra ela.

Quando Dilma teve coragem de pautar o tema do aborto, tirou o tema do submundo da eleição (cartazes e panfletos anônimos, montagens de internet etc.) e o teve a possibilidade de esclarecer aos cidadãos. Afinal, o uso que determinados setores tem feito desse tema é assustador. Primeiro porque ela e Serra têm exatamente a mesma opinião. A lei atual, de 1940, deve ser cumprida, garantindo que o SUS dê segurança para mulheres que correm risco de vida na gravidez ou que sejam vitimas de estupro. Mesmo que ambos tivessem outra opinião, deveriam submeter na forma de projeto de lei, ao Congresso Nacional. Porque fazem essa campanha, então? Porque esse tema desperta paixões nas pessoas. E as paixões estão localizadas fora da racionalidade. As pessoas ouvem e nem questionam: qual a posição do outro? Isso é possível? Também usam porque sabe que, por Dilma ser mulher, isso “pega”. Homens, a princípio, por não terem útero, não são chamados a refletir sobre o aborto. Ou seja, também é uma pauta que surge para aproveitar os traços culturais ainda machistas de setores da sociedade.

Mesmo no ambiente de confronto (que não é o ideal para propostas serem apresentadas) Dilma conseguiu politizar o debate. Ao insistir no tema das privatizações trouxe a tona mais do que o governo Fernando Henrique (escondido por Serra). Fez com diferenças centrais entre dois projetos aparecessem. Muitos cidadãos afirmam na época das eleições: “todos os programas são iguais! Todo mundo diz que vai melhorar a saúde, a educação, a segurança.”

Sim. Isso é, em parte, verdade. Na TV muitos programas partidários podem soar parecidos. Mas na essência são muitos distintos. As privatizações são “a cara” dessas diferenças. “Por que?”, alguns podem perguntar. Porque expressam o tipo de Brasil que queremos. De todos ou de poucos. Público ou privado. Serra diz que esse é um tema do passado. Não é verdade. Foi também um tema do passado. Aliás, eu mesma comecei a fazer política para combater o processo de privatização da universidade pública. Mas este tema não está superado. Vejamos o Pré-sal.

Nós defendemos que esse dinheiro deve ser a alavanca para o desenvolvimento de nosso país de maneira estruturante. Custear a educação, pesquisas cientificas, por exemplo. Se o petróleo acaba, devemos transformar esse dinheiro em coisas que não acabam, ou seja, na melhoria da capacitação de nosso povo! Isso é futuro. É decisão do próximo presidente. A turma do Serra defende a privatização da exploração dessa riqueza natural brasileira. Dilma, que foi Secretaria e Ministra de Minas e Energia defende que o recurso do Pré-sal é público.

Aliás, o tamanho político de cada candidatura foi resumido de maneira brilhante pelo Senador Sergio Guerra (Presidente do PSDB). Disse ele: “Aborto é tema de interesse nacional, privatização é tema do PT”.

Porque digo que ele foi brilhante? Porque de fato, apesar de Dilma e Serra terem a mesma opinião sobre o aborto, os tucanos tentam fazer desse tema (de forma passional e machista) o tema da campanha. Não querem comparar os governos, não querem dizer o que pensam sobre o Estado Nacional e o patrimônio público. Não querem assumir compromissos com a destinação dos recursos do Pré-sal. Ele entregou a estratégia da campanha deles! Não debater política, projeto. Por fim gostaria de comentar outro detalhe, não menos importante, do que assisti ontem na televisão e acompanhei pelas redes sociais, como o twitter.

A caracterização que Serra tentou pendurar em Dilma. Qualquer palavra dita, ele a caracterizava de “agressiva”. Isso também é parte da estratégia de debates. Repetir algo muitas vezes para que as pessoas passem a refletir sobre o assunto. Mas quando algo é artificial é fácil ser identificado. E ele deixou claro isso. Dilma perguntou: “qual garantia que o senhor vai manter os programas sociais do governo Lula?”. Devo confessar que nem entendi porque ela levantou a bola para ele. Eu apenas responderia: “a garantia é a minha palavra”, qualquer coisa dessa natureza. Ele não respondeu (provavelmente porque não queira assumir compromissos com essas políticas) e ainda me saiu com a seguinte frase: “Estou impressionado com o nível de agressividade da Dilma”.

Qual agressividade nessa pergunta? Nenhuma. O que Serra tentou fazer, mais uma vez, foi usar o machismo de setores de nossa sociedade contra Dilma. Nossa cultura avançou muito. Prova disso é que mais de 60% do eleitorado brasileiro votou nas duas mulheres para presidente da República. Mas conheço bem esse tipo de adjetivação. Mulheres são adjetivadas na política. Homens muito menos. Lembro quando conquistamos meu mandato de vereadora.

Na mesma eleição um jovem homem elegeu-se. O locutor do rádio dizia: “quem esta entrando é aquela jovem bonitinha”. Quanto ao homem afirmava: “é um jovem competente com origem no movimento estudantil”. Casualmente militávamos na mesma universidade. Eu na oposição, ele na situação. Eu havia feito mais votos. Mas era a bonitinha. Cada vez que subimos na tribuna indignadas somos tachadas de histéricas. Eles são convictos e ficam perplexos. Nós temos a vida pessoal vasculhada (somos “sapatonas”, como li ontem no twitter sobre Dilma; mantemos relações sexuais com alguém para chegar onde chegamos...). Eles? Bem, ninguém tem nada com a vida pessoal, devemos nos preocupar com a vida pública.

Nós mulheres, em todos os espaços, estamos acostumadas a enfrentar isso. As mulheres políticas não sofrem nem mais, nem menos do que outras milhares de mulheres. Mas ao chamar, de maneira repetitiva e descontextualizada, Dilma de “agressiva”, Serra usou essa velha tática. Velha tática que nossa sociedade tenta superar. Sei que muitos gostariam de outro tipo de debate. Por isso, acho que os melhores são aqueles com temas a serem enfrentados pelos candidatos (um bloco para educação, outro para desenvolvimento, outro para trabalho e renda). Às vezes, cidadãos e cidadãs são chamados a perguntas. Noutras vezes os jornalistas cumprem esse papel. Mas isso não torna o debate de ontem menos importante.

Não podemos cair no papo de que o debate, por ter esse nível de enfrentamento, não serviu para nada. Serviu sim. Para confrontarmos elementos do projeto de País, para trazermos questões ao debate, para vermos o baixo nível que alguns chegam. Se a gente vai atrás do que cada um já fez na vida pública, se debatermos o currículo da Dilma e do Serra (o Currículo inteiro, não apenas quantas vezes concorreram eleições, mas onde cada um esteve e que posição teve em cada momento decisivo da história e do presente do Brasil), se a gente faz esse exercício, procura, busca, pesquisa, vai entender exatamente porque Dilma é mais preparada.

Não apenas para os debates. Ela é mais preparada para governar o Brasil. Porque representa a superação de velhas táticas políticas, representa um projeto, não esconde posições, não esconde erros e acertos do Governo do presidente Lula.

Não fomos perfeitos. Evidente que não. Mas começamos uma bela caminhada de transformações no Brasil. E os avanços só podem ser feitos por quem acredita nesse caminho. Caminho de soberania, de direitos, de educação. Caminho de combate da miséria e da desigualdade. Caminho da solidariedade e de sonhos. De superações. De igualdade entre homens e mulheres. Caminho do amor. E não do ódio.

Banksy Simpson

Aproveitando que hoje é Dia das Crianças, vamos falar de uma coisa que todos nós adoramos: desenho animado.



A famosa série norte-americana "Os Simpsons" ganhou uma polêmica vinheta do grafiteiro britânico Banksy - artista que nunca revelou sua verdadeira identidade.

A vinheta encomendada inicialmente não se difere muito da original, exibindo apenas pichações com o nome de Banksy inscrito em outdoors e na parede do colégio de Springfield, além de algumas cenas novas.

A polêmica se dá quando o grafiteiro mostra um ambiente imundo repleto de trabalhadores asiáticos - muitos dos quais parecem ser crianças - trabalhando em produtos vinculados à marca "Os Simpsons" - como camisetas e bonecos do Bart feitos de gatos mortos.

A inspiração teria surgido a partir de boatos que grande parte do trabalho que envolve a série seria realizado na Coréia do Sul.


Banksy é um cara polêmico. Pesado. E muito ácido. Um artista de rua anônimo, faz-nos, inclusive, repensar a (vou ser academicista agora) função social dos grafites e das pichações. Será mesmo que pixo é só sujeira?

Dá uma olhada em alguns dos trabalhos do cara.




"Você mente."




 "Deixem-nos comer crack."



Diga-me com quem Serra andas e eu te direi quem Índio és

Há três dias, vi um fato que só me fez ter a certeza de que a dupla Serra-Índio poderá ser um desastre moral para o Brasil. Nunca antes na história desse país eu percebi tanto conservadorismo reacionário na figura de um cacique.



POR FERNANDO MOLICA

Rio - Candidatos a presidente e a vice, José Serra e Indio da Costa decidiram atender a pedidos de lideranças evangélicas e, durante a campanha do segundo turno, irão condenar o Projeto de Lei 122/2006, que transforma em crime a discriminação a homossexuais.

Indio disse ao Informe que a proposta atenta contra a liberdade de expressão ao prever penas de prisão para manifestações consideradas homofóbicas. Segundo ele, se o projeto virar lei, um dono de restaurante será preso caso impeça um casal gay de fazer sexo em seu estabelecimento.

No armário

Apresentado em 2001 pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP), o projeto foi aprovado na Câmara em 2006 e aguarda para ser votado no Senado. A proposta tem sido atacada por lideranças evangélicas e católicas, que o acusam de excesso de rigor.

‘Mordaça gay’

Defendido por grupos de homossexuais, o PLC 122 foi apelidado de “mordaça gay” por evangélicos. Indio afirmou que, nos últimos dias, tem sido procurado por religiosos interessados em manifestar apoio à chapa liderada por Serra.

CATÓLICOS CONTRA DILMA

Já movimentos católicos prometem não dar sossego a Dilma Rousseff no Rio. Grupos que atuaram contra a candidata do PT no primeiro turno vão redobrar seus esforços a partir da semana que vem. O trabalho inclui a colocação de cartazes e a distribuição de panfletos em paróquias do Estado. Todos abordarão a suposta defesa, por Dilma, da legalização do aborto. A candidata nega ter esta posição, mas católicos citam documentos do governo e do PT para contradizê-la.


Bom, o Índio até respondeu, em matéria do Portal Terra, que "nossa candidatura defende todos os direitos civis dos homossexuais. E defende a liberdade de expressão religiosa, sem ofensas a ninguém".

Serra e Índio têm buscado votos de uma parcela da população flagrantemente conservadora - católicos e evangélicos, que (olha só, que coincidência!) rejeitam a união entre pessoas do mesmo sexo. Dilma vai pelo mesmo caminho, à lá "Maria Vai Com As Outras". Mas acho difícil de a petista arregimentar um plano contra a defesa dos direitos do homossexuais. Já o Índio... seria ele a Sarah Palin de Serra?

conversaafiada.com.br

Entenda como e por que Serra afundaria o Brasil na crise mundial

Vote no genérico! José Serra para presidente!

Cagada homérica

Faltou tato político. Faltou senso. Faltou destreza. Faltou decência.

Desde o começo eu digo aqui: a indicação de Hélio Costa ao governo de Minas é FURADA. E, como realmente foi, os números traduzem isso bem.

Antônio Anastasia foi eleito com 62,7% dos votos válidos. Ele está com essa moral? Sim e não. Sim porque é apadrinhado de Aécio Neves; não, porque sua votação representou a indignação geral de o PT não ter indicado candidato próprio (vide BH em 2008) e os votos terem sido transferidos, como forma de protesto, ao Anastasia.

Só para se ter uma ideia da cagada que o PT fez, veja os números do TSE:

Antonio Anastasia - PSDB - 62,71% - 6.275.520 votos
Helio Costa - PMDB - 34,17% - 3.419.622 votos


Agora, olha os números para o Senado:


Aécio Neves - PSDB - 39,47% - 7.565.377 votos
Itamar Franco - PPS - 26,74% - 5.125.455 votos
Pimentel - PT - 23,98% - 4.595.351 votos

Ou seja, o Pimentel teve mais votos para o Senado que o Hélio Costa ao governo. Cagada digna de quem tem pouco senso de realidade local. Obrigado, PT de Minas entreguista. Obrigado, PT Nacional. Obrigado, Luís Inácio.

Previsões Astrológicas para 3 de Outubro

É mania nós, jornalistas, fazermos isso todo bendito fim de ano. A gente vai lá, num tarólogo, numa cartomente cartomante, na Umbanda, no Candomblé, no Zodíaco, na Mãe Dinah, no Pai Galo... no caralho-a-quatro. A gente só não vai na Sônia Abrão porque geralmente queremos boas notícias, e não só o obituário.

E nós, jornalistas, nas eleições, não poderíamos fazer diferente. Eu, Pai Madruga de Iorubá, vou tentar traçar uma previsão sobre as eleições em 3 de outubro. A margem de erro é de duas previsões para mais ou para menos.

Vamos lá.


- Senadores:

Todas as pesquisas apontam Aécio Neves e Itamar Franco como os ocupantes das cadeiras do Senado. Só que tem um porém: neste ano, a eleição é para dois senadores - e ao que parece as pesquisas não perguntam quais serão seus dois votos. Muita coisa pode mudar no dia - inclusive, o ex-prefeito Fernando Pimentel pode ser eleito (ouço risadas, eu sei...) junto do Aécio - esse sim, eu sei que leva a cadeira.

Ah, claro. Quando o povo souber que Zezé Perrela é o suplente direto do Itamar, e que o Itamar já está mais pra lá do que pra cá...


- Governador:
Parada dura. As pesquisas apontam a vitória de Antônio Anastasia ainda em primeiro turno. É perigosa uma afirmação dessas - haja vista as eleições de 2008, quando deram o "prefeito" Márcio Lacerda eleito em primeiro turno, também. Como bom e prudente mineiro, eu creio no segundo turno. (Gargalhadas ao fundo...) Isso, se o recém lançado (e um pouco sem graça) vídeo do Tom Cavalcanti zuando o Hélio não abalar a pontuação deste citado candidato. (O Tom tá bem mais sem graça nesse vídeo. O que ele zoa o Quintão é beeeem mais engraçado.)


- Presidente:
Foi mal, Tio Serra. Essa você já perdeu. A Dilma Rousseff tem tudo para levar essa no primeiro turno ainda. Mas o meu argumento de que pesquisa não ganha voto ainda é válido: eu não creio em segundo turno, mas, se houver, vai ser entre Dilma e Marina (ouço mais risadas...).

Você não quer que eu faça previsões sobre as eleições proporcionais (deputados federal e estadual), né? A minha vidência tem limite...

A sorte está lançada. Cavalos a postos no páreo, façam suas apostas.