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Centro de Referência da Juventude de BH: uma crítica

Bom... Esse assunto tem rendido uma boa discussão. Quem está diretamente envolvido com as conversas sobre as Juventudes de BH, sabe que o Centro de Referência é um assunto que tem gerado controvérsia.


Em diversos encontros que tive com lideranças governamentais, foi-me assegurado que esse Centro seria um espaço de fomento à diversidade artística e cultural do jovem da região metropolitana. Com um orçamento de construção previsto de R$ 15 milhões, o CRJ ficaria situado onde hoje é o Miguilim (entre o Viaduto da Floresta e a Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte). 


Pois bem. Faço uma crítica no que se refere à construção desse "centro" e na estratégia de se tentar "centralizar" as atividades juvenis que se encontram pulverizadas - e muitas vezes pouco incentivadas, sendo feitas NA TORA - tentando alocá-las em um espaço. É simples, não precisa de desenho.


Nossa Prefeitura e nosso Governo do Estado têm um pequeníssimo defeito: de chegar impondo demandas e, quando são demandados, de se vangloriarem por executarem tais feitos, que eram ânsia da sociedade civil. Não é o caso do CRJ, que foi um projeto aprovado na Conferência Municipal de Juventude de 2008, salvo engano. Mas vou-lhes ser sincero: o modelo de conferência como espaço de participação que estamos utilizando é defasado: reúnem-se vários jovens (inclusive, muitos com idade inferior ao permitido no regulamento) que estão pouco situados das questões discutidas, que não foram levados a pensar as questões que estão na mesa e que estão lá apenas para cumprir a tabela do Estado como "olha só, a conferência deu quórum". A tática dos "ônibus lotados" ainda impera - e foi em uma conferência dessa que saiu a aprovação do Centro de Referência. Fico em dúvida quanto à real efetividade de um sistema de participação como esse - e das demandas que de lá saem, mesmo as que são arduamente discutidas. Mas deixo isso para outro momento.


Você me perguntaria se "esse centro não seria coisa boa". No nosso momento atual, negativo.


Em Belo Horizonte, priorizou-se a cultura da descentralização para poder levar aos bairros mais afastados a possibilidade de nesses locais ocorrerem apresentações artísticas, culturais, momentos educacionais etc. Estou falando dos Centros Culturais - como o do São Bernardo, do Urucuia, da Vila Marçola etc. São espaços que foram pensados para descentralizar as ações culturais e dar oportunidade à comunidade de mostrar o seu potencial e de ver coisas novas. Só que temos que lembrar que quem está "dirigindo" o bonde  do 1212 não é uma pessoa sensível às causas da cidade, mas, sim, um senhor deveras preocupado com metas. Típico comportamento empresarial que é nefasto à uma cidade que tem necessidades diversas. A situação dos Centros Culturais não é a das melhores - são 33 centros espalhados pela cidade, que contam com um orçamento de mais ou menos R$ 100 mil. Para os 33 centros! 


Ainda que haja essa falta de grana nos Centros Culturais, existe uma galera que se apropria desses espaços, mobilizando o seu lugar para frequentar o equipamento. As juventudes não têm um viés hierárquico de organização - é tudo na horizontalidade, na colaboratividade, presente nos diversos coletivos que vemos por aí. A concepção do Centro de Referência, no entanto, como me explicaram as fontes ligadas ao Governo Anastasia de Minas Gerais, seria de um grande hub, que a partir dessa estrutura as demais seriam fomentadas - o que cabe dizer, por extensão, que os demais Centros Culturais ficariam interligados com o Centrão. Sendo o Centrão esse grande hub, pensem numa analogia com a informática: se não chega o sinal da internet no seu roteador, todos os computadores que estão a ele ligados cairão (caso estivessem conectados). Por conseguinte: conceber o CRJ como um difusor de demandas pode atravancar os demais Centros Culturais, como pode culminar no seu sucateamento definitivo - oras, se o Centrão é tão melhor que o meu Centrinho, para que eu vou fazer as coisas aqui se posso fazer lá? Um fator positivo é que podem ser reunidos jovens de vários lugares, mas mais negativo é você realizar uma ação que implique na quebra de um processo anterior, conquistado a duros suores.


(Não, eu não vou comparar o CRJ daqui com o CRJ de São Paulo, que foi a inspiração direta e imediata para a ideia ser implementada aqui. São Paulo e Belo Horizonte vivem realidades diferentes, não cabe comparar. Por mais que a ideia do Centro de Referência daqui seja um puro Ctrl C + Ctrl V do de Sampa.)


O que seria mais lógico em um momento como este: investir uma grana em um provável equipamento que, caso não seja bem gerenciado, vire um monumental elefante branco ou estimular as ações e os centros já existentes em todas as nove regionais da cidade? O Centrão é uma obra a olhos vistos, os centrinhos são mais localizados e interferem mais diretamente nas suas respectivas comunidades.


A ação agora é: já que a Prefeitura instalou 33 centrinhos, não seria bom torná-los independentes e interligados? Não seria esse o real conceito de rede, em vez de um difusor central que vai irrigar água para os outros pontos? E se o difusor falhar, quem vai irrigar?


Sobre o Centro de Referência da Juventude, teremos uma audiência pública sobre o projeto. Dia 19 de outubro, 4a feira, 13h30, na Câmara Municipal de BH - Av. dos Andradas, 3.001, Santa Efigênia. É para todos irem.


UPDATE: digitando "centro de referência da juventude bh" no Google, a primeira opção que aparece é o site da ONG Contato.

BHTRANS e Prefeitura abrem portas e janelas para o transporte particular

AGÊNCIA PEDREIRA - A empresa de transporte urbano de Belo Horizonte, também conhecida como BHTRANS, caminhou mais um passo para a consolidação do transporte particular e individual em Belo Horizonte. No último dia 1º de setembro, os quadros de horários das linhas da capital foram modificados.

Segundo fontes ouvidas pela Agência Pedreira de Notícias (APN), tal alteração nos quadros resultou na redução da quantidade de ônibus que circulam nos horários de pico. "A empresa quer, sistematicamente, reduzir os horários para que haja mais veículos particulares circulando pela cidade", informou a fonte. Outro fator para a modificação é o prejuízo que as empresas estão tendo. "O lucro delas, que costumava ser de 80%, passou para 79,99%. É uma sacanagem, visto que são essas empresas que mantém o transporte vivo e circulante", falou uma fonte ligada ao Consórcio Dom Pedro II, composto por mais de dez concessionárias.

Em vigor desde o final do ano passado, a contínua reestruturação dos horários tem em vista a redução dos espaços vazios nos coletivos da cidade. Apurações da APN concluem que mais de cinco reduções foram realizadas, contemplando 1,5 milhão de usuários de carros particulares. "Claro que tem que reduzir os ônibus na cidade; tem muito ônibus e, assim, só consigo andar pela cidade de helicóptero", observou o empresário Carlos Teixeira, proprietário de uma concessionária.

Tal medida, de certa forma, dialoga com a diretriz do atual administrador da cidade, sr. Márcio Lacerda, de fomentar o transporte por meio de táxis de luxo. "Dez táxis desse podem substituir um coletivo vazio; daí, vamos investir para que haja mais táxis pela cidade e menos ônibus", afirma o gestor público.

Ônibus do sistema público de transporte de BH - provavelmente o 2004. Menos espaço, mais calor humano. Foto: Divulgação BHTRANS

Calor humano
Alguns usuários do transporte público aprovam a medida. "É bom, porque aí o calor humano no ônibus aumenta e, quanto tem aqueles dias frios, todo mundo fica mais juntinho um do outro", confessou Claudemir Agostinho, 37 anos, cobrador. "Vamos rodar com mais gente no carro, o que vai contribuir para a interação entre as pessoas", afirmou Antônio Augusto, 59, motorista.

Conforme relatado pelo site Ah!Cidade, aumentar a quantidade de ônibus é aumentar o caos. “Não faz sentido aumentarmos a frota, pois mais carros nas ruas significam maior disputa por espaço e, consequentemente, mais congestionamento”, afirma Raquel Gontijo, gerente de operações da BHTRANS.

"A nossa principal intenção é diminuir os espaços vazios dentro do coletivo. Fazendo com que o horário seja reduzido, trabalharemos para que o transporte trabalhe em sua capacidade máxima, gerando menos ônus para as empresas concessionárias", ponderou Ramon César, presidente da BHTRANS, administrador que trabalha com metas de "mais produtividade, menos ociosidade". "Haja vista que, nos horários de pico, ainda havia espaços vazios dentro dos coletivos, promovemos [BHTRANS, Prefeitura e consórcios] uma 'reestruturação' que irá adequar os espaços antes ocupados pelo vento ou pelo vazio", completou.

Política do NÃO!




A Fundação Municipal de Cultura anunciou, recentemente, sua decisão de não mais realizar o Prêmio Literário Cidade de Belo Horizonte, o mais antigo do gênero no Brasil. O anúncio só ocorreu depois que alguns intelectuais de Minas pressionaram o órgão para ter uma posição sobre o assunto. Houve também a informação de que a decisão fora tomada depois de consulta a uns poucos notáveis, que haviam opinado sua discordância quanto ao formato da premiação. Na decisão, na forma como se chegou até ela e no descaso com a informação ao público, temos exemplos incômodos de como a atual administração de BH vem tratando as questões da cultura.


A primeira coisa que salta aos olhos é: foi estabelecida uma política do “não”. Os órgãos culturais do município parecem saber exatamente o que não pretendem fazer. O problema é que nunca propõem algo para substituir o que cancelam, suspendem, adiam. O prêmio Cidade de Belo Horizonte não é o primeiro exemplo disso. Soubemos, nos últimos três anos, que a prefeitura não queria eventos culturais na Praça da Estação, não queria o FIT em 2010, não quer as tribos do hip-hop debaixo do Viaduto de Santa Tereza. O não, às vezes, é expresso não em palavras, mas nas omissões: são os recursos que deveriam constar no orçamento do município, mas não são incluídos nele, e sua ausência que resulta no sucateamento dos centros culturais regionais, ou no adiamento eterno da reforma do Teatro Francisco Nunes.

Quer dizer, então, que a prefeitura e a fundação não agem? Agem. Mas só quando pressionadas. Foi assim há poucos dias, com o decreto que declarou de utilidade pública para fins de desapropriação o imóvel do antigo Cine Santa Efigênia, onde funcionava o Lapa Multshow. A perda do prédio estava anunciada há meses. A prefeitura preferiu fingir que não era com ela. Só com pressão violenta da comunidade, principalmente dos agentes culturais, decidiu agir, talvez tarde demais, pois a demolição interna do edifício já fora iniciada. Outros exemplos recentes dessa posição reativa foram a implantação do Conselho Municipal de Cultura, arrancada a fórceps por pressão das entidades nos gabinetes e de manifestação nas ruas, e a realização do FIT 2010, que a fundação desejava cancelar. É como se o poder público só tivesse agenda negativa, a agenda positiva surgindo apenas do desgaste político.

A verdade é que a política cultural que vem sendo conduzida pela administração municipal parece temer as ruas. Quando não tem certeza se deve abolir algum programa, convoca notáveis e toma as decisões em gabinete. Foi assim com o Prêmio Cidade de Belo Horizonte, como se a questão fosse relevante apenas para algumas pessoas, e não para toda a classe dos trabalhadores na cultura ou toda a comunidade. No FIT 2010, o argumento foi o mesmo: assessores da fundação para o evento haviam recomendado seu adiamento para 2011, e com essa recomendação, pelo visto, não seria necessário conversar com a sempre turbulenta categoria teatral. Deu no que deu: manifestação popular na frente da entidade, a realização do festival na marra, contra a vontade da autoridade que tinha a obrigação de promovê-lo.

O pior de tudo é que se tenta acobertar todas essas péssimas formas de gerenciamento de órgãos públicos com o silêncio. Se dependesse da Fundação Municipal de Cultura, o cancelamento do Prêmio Cidade de Belo Horizonte ocorreria sem ninguém ficar sabendo. Simplesmente ele não existiria num ano, nem no ano seguinte, nem nunca mais. Mas os escritores atrapalharam essa estratégia de tentar minimizar, pelo silêncio, o desgaste que poderia resultar da decisão. No caso do FIT, o cancelamento foi anunciado, mas apenas como detalhe menor numa entrevista coletiva convocada para tratar de outro assunto.

É política ineficaz pela inércia e a reatividade; destruidora pela maneira como diz “não” sem propor alternativas; e elitista pelo apego à conversa de pé de ouvido e à decisão de gabinete. Navega, portanto, na contramão da modernidade da administração pública, que demanda ações transparentes, eficientes, propositivas e participativas. Por causa de tudo isso, a administração cultural de Belo Horizonte, em vez de ajudar a comunidade a construir sua versão do século 21, parece estar nos conduzindo de volta ao século 18.

Articulação #ForaLacerda

Não, não é mais um movimento. Não é um aglomerado de jovens e juvenis que, dizem, fazem "obaoba" por causa da gestão municipal do sr. Márcio Lacerda. The hole is deeper than 6 feet.


Há uma articulação acontecendo nas virtualidades da internet que agora ganha o campo físico. Autointitulado "Fora Lacerda", o movimento aglutina demandas de diversas camadas da sociedade descontentes com a austeridade exagerada do empresário-gestor. "Não acredite em mim", mas na Fórum. A notícia é do dia 30, e chamava para um evento pontual. Entretanto, considere as demandas levantadas.


As reuniões do movimento já têm acontecido. Várias frentes já foram elencadas. E, como eu disse, não é só um "bando de badernistas" que está por trás disso, mas a classe AB do bairros Santa Lúcia, Sion e Cruzeiro; a Feira Hippie; o setor da educação municipal; e por aí vai.




Lançado em Belo Horizonte o movimento "Fora Lacerda"


Começa a ser articulado, via Facebook, um movimento que pede o impeachment do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), homem de confiança de Aécio Neves também apoiado por setores do PT. A primeira reunião ocorrerá neste sábado, 02 de julho, às 11h, na Praça da Estação. Márcio Lacerda, apesar de ter ampla maioria na Câmara de Vereadores, vem enfrentando crescentes críticas pela truculência da Guarda Municipal, medidas higienistas como o confisco das posses dos moradores de rua, a proibição de manifestações públicas, o despejo de moradores, o projeto de demolição de um dos marcos da cidade (o Mercado Distrital do Cruzeiro), a venda de ruas para a especulação imobiliária e, mais recentemente, a entrega da presidência do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo a seu filho, Tiago Lacerda. A página do protesto no Facebook continua recebendo adesões. 

O movimento pelo impeachment de Márcio Lacerda pretende, com essa primeira reunião, começar a acumular forças para um grande ato que realizaria em 31 de outubro. O protesto foi puxado por Tomás Amaral, morador do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, membro do coletivo Criarte, e autor de um relato sobre o assassinato de um morador por polícias militares em fevereiro.  Mais de 4 mil pessoas já aderiram ao protesto no Facebook.
Já consolidado na internet está o movimento Salve a Rua Musas, que protesta contra a venda de 1.700 metros quadrados de espaço público que separam dois terrenos pertencentes à Tenco CBL-Serviços Imobiliários S.A. A venda possibilitaria a construção de um hotel de luxo na área e transformaria o restante da rua num beco fechado pelo prédio. A rua se localiza nas imediações de um maiores gargalos de tráfego da região metropolitana de Belo Horizonte, nas imediações do BH Shopping. Os moradores se mobilizaram e criaram um blog, que já sofreu um processo judicial da Tenco, que solicitava a remoção da página. A 5ª Vara Cível de Belo Horizonte só concedeu à construtora uma liminar que determinava a remoção de alusões a ela na página, medida já acatada pelos responsáveis pelo blog. O movimento “Salve a Rua Musas” também tem perfil no Twitter.
A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, incluiu a capital mineira entre as cidades que estão realizando despejos forçados que estariam violando os direitos humanos. Em resposta, o presidente do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo e filho do prefeito, Tiago Lacerda, afirmou: “O que ela falou para a gente, não vamos nem considerar”.
O local dos protestos deste sábado, a Praça da Estação, já foi alvo de outras manifestações contra o prefeito, batizadas de “Praia da Estação”. Desde 2010, vestidos de roupas de banho e munidos de esteiras, cangas e outros apetrechos praianos, cerca de 200 estudantes ocuparam a Praça durante os finais de semana, em protesto contra o decreto municipal nº13.798 de dezembro de 2009, que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza no local. O movimento é oficialmente ignorado pelo prefeito, mas nos bastidores preocupa Lacerda e seus aliados, que veem crescer na internet as páginas de protestos e críticas contra sua administração. Movimento semelhante para tirar do cargo a prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV), começou timidamente nas redes sociais e rapidamente ganhou milhares de adeptos.
Profissionais da imprensa mineira tentaram noticiar a realização do ato Fora Lacerda deste sábado, mas foram silenciados pelo prefeito, no que já é uma característica conhecida das relações entre o Poder Executivo mineiro e a mídia, e que Márcio Lacerda agora transplanta também à prefeitura.

Uma Prefeitura que não ouve

Há alguns meses, acho que desde o ano passado, eu tenho tido uma discussão desacertada com a Prefeitura de Belo Horizonte em seus perfis nas redes sociais, principalmente no Twitter. E não sou o único neste discurso.


Na contramão do que supostamente desejamos de um órgão público - que é transparência e presteza nas respostas quando perguntamos algo -, a @pbhonline - perfil da PBH no Twitter - resigna-se à insignificante tarefa de divulgar as benesses por ela cometida. Contato que é bom, somente via Fale Conosco - que também não é uma instância funciona, explico abaixo.


Há alguns dias, eu venho percebendo a evasão d'@pbhonline em responder algumas de nossas questões via Twitter. Diferente do perfil @governomg, do Estado, que me respondeu depois de mencioná-lo em um post, parece a PBH estar surda, muda e cega para nossos reclames nessa mídia social. E isso somente contribui para com a nossa antipatia a essa gestão atual.


Pelo Twitter, a PBH convidou os seus seguidores a curtirem a sua página no Facebook. Indaguei se haveria algum tipo de interação por lá, já que no Twitter não havia nada do tipo. A resposta veio por Mensagem Direta, escondida, nada transparente - que disponibilizo aqui:


"Prezado, para contato com a PBH, solicitar respostas e informações, o Sr. pode acessar os canais do Fale Conosco do site que é o mecanismo disponível ao cidadão exclusivamente para esse propósito. Estamos à disposição para qualquer outra orientação. Clique no link a seguir para acessar o Fale Conosco: http://ow.ly/563EG Att"


Me mandou ir ao Fale Conosco. Em vez de flexibilizar na comunicação com o cidadão, prefere continuar com essa absurda e burra burocracia contra tempos de web 2.0/3.0. Uma seguidora mencionou que não adiantava nada o Fale Conosco, que ninguém sabe dar o encaminhamento certo, e que na ouvidoria da PBH ninguém responde. (Concordo, enviei à Ouvidoria uma solicitação no mês de abril - já estamos em junho, e não tive retorno.) Eis que chegam novas DMs, que eu comento:


"Prezado, no Fale Conosco existem pessoas de áreas específicas para responderem acerca de assuntos específicos. Naturalmente, em qualquer instituição, pública ou privada, não existem profissionais e atendentes que saibam sobre todos os assuntos. Portanto, orientamos as pessoas que de fato buscam por esclarecimentos, que procurem esses canais específicos. Att, ASCOM-PBH"


Se uma empresa é competente, o setor de Comunicação encaminha ao órgão responsável e dá destino. Eu já trabalhei com isso e sei como funciona. Bem sei que a Ouvidoria não é obrigada a saber de tudo, mas quando não recebemos resposta das nossas demandas, trata-se de uma incompetência generalizada.


O que está ocorrendo é que o perfil @pbhonline está indo na contramão da interatividade midiática. Mesmo outros órgãos públicos - como o Ministério da Cultura (@culturagovbr) estabelecem contatos, esclarecem dúvidas e respondem reclamações VIA TWITTER! E o MinC, como se sabe, não é pequeno. Então, por que a burocracia absurda no contato com a PBH? Será medo de o estagiário dar uma resposta inadequada? Será que isso revela que a PBH se tornou, depois que o atual prefeito foi eleito, em mais uma empresa que só pensa em lucro e que não quer o retorno de seu cliente?


As redes sociais têm causado mais danos que o Procon.


O que eu quero que a PBH entenda é que "Fale Conosco" é UM DOS MEIOS para efetuar a Comunicação entre cidadão e órgão público. Se estamos em tempos de seguir interesses e curtir afinidades, por que não fazer como o Governo Federal, que "conversa" com os seus usuários em vários perfis nas redes?


Então, PBH, depois desse pequeno ensaio, você vai continuar nos ignorando ou prefere adotar uma postura de interação com os seus seguidores? Lembre-se que ano que vem tem eleição - e não queremos nossas timelines lotadas de propagandas de uma gestão que não nos representa - não a mim, pelo menos. 


PBH, ME OUVE!

Perueiros de volta às ruas

Uma reportagem que li hoje no site do Estado de Minas me deixou um pouco incomodado do ponto de vista de o quão rasos somos nós, jornalistas, em discutirmos certos assuntos. Principalmente temas "no que se refere" diretamente ao cotidiano do cidadão. Vejam bem.


A reportagem, parcialmente transcrita abaixo, fala da recorrente incidência de pessoas fazendo transporte dito clandestino de pessoas. Mas quero deixar destacada uma fala, em especial, abaixo grifada.


Um perueiro foi flagrado na manhã desta segunda-feira na Avenida Vereador Cícero Idelfonso [Delta], no Bairro João Pinheiro, Região Noroeste de Belo Horizonte. O soldado aposentado da Polícia Militar (PM), Lourival de Miranda, de 70 anos, foi abordado numa blitz quando transportava clandestinamente, num Santana Quantum, quatro pessoas para Sete Lagoas. Segundo a BHTrans e a PM, os passageiros pagaram R$ 12 para sair do Centro de Belo Horizonte com destino à cidade da Região Central de Minas.


(...) o Santana Quantum [carro de Lourival] é totalmente regular. Segundo o coordenador de fiscalização e combate ao transporte clandestino da empresa, Carlos Xavier, os perueiros estão preferindo, cada vez mais, usar carros de passeio para fugir da fiscalização. O carro de Lourival foi para o pátio da BHTrans e o motorista liberado.


A população se arrisca nesses veículos que são verdadeiras afrontas ambulantes à legislação de trânsito, à segurança dos passageiros e aos órgãos de fiscalização. Os perueiros invadiram, além de ruas da Grande BH, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Os transportadores clandestinos que agem no terminal conseguem o licenciamento para continuar transitando com seus veículos, apesar de acumularem uma lista de multas.


Aí entra a minha pequena crítica.


O que nós, meros usuários do transporte urbano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, podemos considerar como "verdadeira afronta"? Eu digo que, se um perueiro é considerado perigoso pelo transporte não-licenciado de pessoas, assim também é o transporte feito por ônibus supostamente regulado por BHTRANS e DER.


Digo supostamente porque parece que, nas nossas linhas, não há fiscalização. Não falo daqueles babacas da TRANSFACIL (os "Agentes de Gratuidade") que entram e saem dos ônibus apenas verificando se você vai pagar a sua passagem. Esses não contam, eles não verificam se o carro está em boas condições, se o motorista está cumprindo com a etiqueta necessária para a realização de um serviço público ou se a lotação é adequada para que todos fiquem confortáveis.


Quem acredita que BHTRANS realiza fiscalização no transporte de Belo Horizonte está mesmo iludido. Não sei se uma empresa que promove reduções drásticas em horários de linhas movimentadas é uma empresa que cumpre algum tipo de ética cidadã. Uma autarquia que é passiva, não resolve e que é sempre questionada "no que se refere" às suas atuações no trânsito não merece muito nossa fé. Assim como o DER, órgão que supostamente vigiaria o transporte metropolitano (os "vermelhões") para conforto, deleite e bom fruir de seus usuários. Ledo engano.


Estamos numa cidade na qual as concessionárias das linhas tratam os usuários como "clientes". Desde um dia que vi um "atenção, clientes da linha 8203", fiquei deveras incomodado, e como isso reflete na relação consumidor-provedor. Porque se uma reunião de pessoas é vista como clientela, esta pode demandar alguns direitos para si - inclusive, de pedir a devolução do dinheiro. Se eu sou cliente de um serviço público (concessionado por grupos de empresas particulares), convém dizer que eu tenho que estar satisfeito, ou receber meu dinheiro de volta. 


A população se arrisca em transportes clandestinos não porque ela quer viver a vida perigosamente - se eu morasse no Castanheiras e dependesse do 9030, aí sim eu viveria perigosamente. Eu frequentei por muito tempo o bairro Veneza, em Ribeirão das Neves. E entendo completamente a necessidade de as pessoas que ali moram ou frequentam de precisarem de usar a clandestinidade. O 6260 (antigo 1155) demora para passar; quando passa, vem lotado; se vem lotado, o motorista não para (às vezes, até apagam o letreiro, à noite, para que as pessoas não vejam qual linha que está chegando e não deem sinal); se não para, lá vamos nós esperar o próximo. Uma bola de neve que te faz sair de Belo Horizonte às seis e meia da tarde e chegar em casa três horas depois. 


O que a pessoa faz? Se tem uma grana, compra um transporte particular. Se não, ou se ensardinha nas latas de ônibus ou parte para os perueiros. Entendem que a situação é muito pior do que simplesmente afirmar que veículos clandestinos são afronta à legislação de trânsito? Se não, esquece; eu não sei desenhar.

Todo Mundo Odeia o Lacerda

A comoção contra a atual gestão da Prefeitura é tão grande que já se pensa em fazer um grande movimento contra as lambanças de Márcio e seus asseclas.

No dia 28 às 18h, diversas entidades vão discutir onde e a que horas vai ocorrer o grande ato "Todos Contra Lacerda" - a reunião será na Rua da Bahia, 504, 3º andar. Mas a data da manifestação já está definida: quinta, 3 de março.

Desapropriar para expandir

Via Facebook, chega a seguinte nota:

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) autorizou, por meio de decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), a desapropriação imediata de seis terrenos para a construção de um anexo da Câmara Municipal e a ampliação do estacionamento privativo dos vereadores e servidores do legislativo da capital. O anúncio, decretando de utilidade pública os imóveis localizados nas ruas Tenente Anastácio Moura e João Ribeiro, do lado direito da entrada principal da Câmara, no Bairro Santa Efigênia, foi publicado na edição de 29 de dezembro do Diário Oficial do Município (DOM), a pedido da Mesa Diretora da Casa.

Pelo decreto, as desapropriações poderão ser feitas mediante acordo ou processo na Justiça. Atualmente, a Câmara Municipal abriga cerca 1,5 mil servidores, entre efetivos, estagiários, comissionados e terceirizados em um confortável prédio de três andares, dividido em dois blocos. Cada um dos 41 vereadores tem direito de nomear até 12 assessores em cada gabinete. A verba pública para custear as expansões não foi divulgada. Donos dos imóveis citados no decreto, porém, estão indignados com a iniciativa e não aceitam sequer sentar na mesa para negociar possíveis valores de indenização das desapropriações.

Defensor da obra, o novo presidente da Câmara de BH, vereador Léo Burguês (PSDB), informou ontem que já vai contratar uma empresa para fazer os projetos de engenharia e arquitetura do prédio e do estacionamento. Depois de pronto, o empreendimento será executado pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). A intenção é que o espaço possa ser usado para a construção de novos gabinetes de vereadores. De acordo com o tucano, dentro de cinco anos o número de parlamentares deve aumentar em razão do crescimento populacional da capital, conforme interpretação da Constituição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Porra, Lacerda! Mais um DECRETO??

Vou falar é nada. Já temos o Burguês na Câmara. Inferno pior não há.

Parabéns pro Lacerda

Depois de um mês e meio de ausência - "férias forçadas", digamos assim -, o blog retorna em 2011. Já analisando algumas coisas que aconteceram no último mês de 2010.

Uma delas, a mais polêmica de todas e que encerrou o ano com "chave de ouro". Uma pesquisa do DataFolha elencou Márcio Lacerda como o melhor prefeito dentre oito capitais pesquisadas. Matéria do O TEMPO:

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), foi o mais bem avaliado dentre os prefeitos de oito capitais, segundo pesquisa DataFolha, divulgada ontem. Realizado entre os dias 17 e 19 de dezembro, o levantamento apontou que 54% dos moradores da capital mineira consideram a gestão de Lacerda ótima ou boa e apenas 10% a consideram ruim ou péssima. A nota média dada a Lacerda, de zero a dez, foi 6,6.

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), ficou em segundo lugar, com nota 6,5. José Fortunati (PDT), de Porto Alegre, recebeu 5,9 de nota da população, e Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro, 5,8. Todos os quatro estão em primeiro mandato. Em quinto lugar no ranking, vem o prefeito reeleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), com nota média de 5,4.

Se não, vejamos: quiproquó do FIT + proibição de eventos na Praça da Estação + realização de eventos com praças públicas fechadas e cercadas, gerando uma moção de repúdio até da tia do prefeito + diminuição da quantidade de viagens nos ônibus coletivos + obras que não satisfazem ao anseio popular (para que a construção daquele viaduto na Lagoinha?) + a desistência da procura por um transporte de qualidade e eficiente, implantando o BRT como paliativo e esquecendo de lado o metrô + medidas obreiras que contribuirão com as cheias do Arrudas e do Onça (a continuação do Boulevar Arrudas e a Linha Verde) = um bom "prefeito.

Parabéns, Lacerda! Conseguiu mais uma vez manter BH sem a expansão do Metrô, fazendo acordo com os empresários dos ônibus. BRT não vai aguentar a pressão, porque Belo Horizonte é bem maior que Curitiba.

Parabéns, Lacerda, por dobrar o preço do Restaurante Popular. Subsídio zero a quem tem fome.

Parabéns, Lacerda, por ter uma diretoria incompetente na Fundação Municipal de Cultura, fazendo com que o FIT fosse cancelado e, depois, des-cancelado.

Parabéns, Lacerda, por diminuir a verba para a educação e aumentar em oito vezes a verba para publicidade (de R$ 4 milhões a R$ 32 milhões). Propaganda é a alma do negócio, e a cidade faz parte dele.

Parabéns, Lacerda, por sortear bolsas de escolas particulares, mas não investir na educação básica. Tudo bem que a tarefa constitucional de um município é deste se preocupar até o nono ano do Ensino Fundamental. Mas veja o tamanho da cidade: será que haveria como o Estado de Minas Gerais aguentar toda a demanda do Ensino Médio? Faltou um pouquinho só de bom-senso. Só um pouquinho.

Márcio Lacerda, orgulho de Belo Horizonte. Só que não.

Vende-se uma cidade

Era uma vez uma cidade. Linda, com uma estrutura razoável, clima agradável e tudo o mais. Já foi, inclusive, considerada uma das melhores capitais do mundo para se viver. Teve sua gestão considerada a melhor do país e a oitava melhor da América Latina.

Só que veio 2008 e as eleições municipais. E um senhor de ultrajante comportamento tomou posse como "prefeito". Justifico as aspas ao me referir ao sr. Márcio Lacerda porque ele não passa de um empresário querendo gerir uma cidade como se fosse uma empresa.

Aguentem a mais nova onda do imperador Lacerda:

Por Carlos Alberto Cândido

Está no noticiário, mas ninguém parece ter se dado conta da importância do fato nesta cidade de imprensa submissa: o prefeito Márcio Lacerda (PSB) vai promover a maior privatização de bens públicos que Belo Horizonte e talvez qualquer cidade brasileira já viu. Serão 81 imóveis municipais, que irão a leilão, inclusive o Mercado Distrital da Barroca e a mansão residencial do prefeito, localizada às margens da Lagoa da Pampulha, próximo do Museu de Arte, e que tem um painel de Guignard. A informação é que o painel será retirado, mas até que isso aconteça, é melhor desconfiar.

O pior, porém, é ver dezenas de terremos desocupados, com tamanhos variando entre 1 mil e 10 mil metros quadrados, segundo notícia do Estado de Minas, se transformarem em mais espigões. Se tem uma coisa de que Belo Horizonte não precisa hoje é que áreas públicas se transformem em empreendimentos imobiliários. Muito melhor seria ver esses lotes virarem praças e parques, para lazer da população, com muitas árvores para ajudar a despoluir o ar. Ao contrário do que se diz, Belo Horizonte tem pouquíssimas áreas verdes; tem muitas árvores, mas elas estão nos passeios.

Para piorar a situação, o prefeito gosta de privatizar espaços públicos, como fez com a Praça da Estação, cujo uso agora só se dá mediante pagamento de aluguel. E gosta também de transformar áreas verdes em empreendimentos imobiliários, como está fazendo com a Mata do Isidoro, que será transformada na Vila da Copa, visando a abrigar delegações para a Copa da Fifa.

A privatização dos espaços públicos será certamente a marca do mandato do prefeito empresário, que tenta administrar Belo Horizonte como uma empresa: o que não dá lucro – cultura, por exemplo – não tem serventia. Não à toa recebeu vaia monumental do maior auditório da cidade, o Palácio das Artes, durante o Festival Internacional de Teatro (FIT), em agosto passado. Já tinha passado por isso na festa de encerramento do festival Comida di Buteco, em maio.

Empresário da cidade, o prefeito atua como auxiliar do capital, que destrói rapidamente todos os espaços vazios da cidade, derruba casas, escolas e até clubes – como acontecerá, ao que tudo indica, com o centro de lazer do América, no Bairro Ouro Preto – para erguer no lugar enormes edifícios.

É dever da prefeitura conter a especulação imobiliária, em defesa da qualidade de vida para os belo-horizontinos. Em vez disso age ela também a favor da deterioração do município. A intenção, diz a notícia, é fazer um caixa de R$ 200 milhões. O mercado vale no mínimo R$ 19,5 milhões; a casa do prefeito, R$ 1 milhão (só? Este é o preço de um apartamento na zona sul…). O governo FHC mostrou o que acontece com dinheiro de privatizações: desaparece sem trazer nenhum benefício social.

É incrível que nenhum representante dos belo-horizontinos, nenhum vereador, nenhuma organização da sociedade tenha ainda se levantado contra a realização desse crime contra o patrimônio público, movendo, inclusive, uma ação na justiça.


Incrível é acreditar que Lacerda é cogitado à reeleição. Sem mais.

Atentado às Torres Gêmeas

Este blog, solidário com todas as lutas legítimas em prol de uma cidadania menos alienada, vem publicar esta missiva das Brigadas Populares.

Comentário estritamente pessoal:
1. esquisito esse incêndio. Tá meio na linha de outros, semelhantes, ocorridos em regiões nobres de São Paulo, como Higienópolis.
2. pelo andar da carruagem, eu DUVIDO que o "prefeito" Márcio Lacerda dará algum tipo de ouvido a essas famílias atingidas. Na verdade, se toda a PBH tivesse a devida preocupação e a sensibilidade para o caso, a Dandara já teria virado moradia popular há muito tempo.




COMUNICADO

INCÊNDIO NAS TORRES GÊMEAS E O ABUSO DA POLÍCIA MILITAR

Ontem (20 de setembro de 2010) ás 19 horas ocorreu um pequeno incêndio de um dos apartamentos das Torres Gêmeas, ocupação organizada há mais de 15 anos que abriga 160 famílias sem-teto, no bairro Santa Tereza em Belo Horizonte. Felizmente, o incêndio causou apenas pequenos ferimentos e algumas pessoas foram levadas para o hospital com intoxicação devido à inalação de fumaça. A defesa civil, os bombeiros e a Polícia Militar desocuparam um dos prédios devido às operações de segurança. O incêndio foi pequeno e não causou dado algum aos outros apartamentos e tampouco modificou o estado do prédio.

Contudo, neste momento a Tropa de Choque da Polícia Militar está impedindo que os moradores retornem para as suas casas utilizando cães e armas de contenção de multidões. Mas de 80 famílias estão proibidas de entrar em suas casas e muitas delas estão apenas com a roupa do corpo, entre os desabrigados encontram-se muitas crianças e idosos. As famílias estão alojadas no antigo galpão da Pax de Minas, ao lado do Metrô Santa Efigênia, e até o momento a Prefeitura de Belo Horizonte não prestou nenhuma assistência além de fornecer um galpão abandonado.

As autoridades presentes no local disseram que não liberarão a entrada dosmoradores e que esperarão a visita técnica de um engenheiro da prefeitura paraliderar ou condenar o prédio. Umalvará negativo significará o despejo ilegal das famílias que hoje tem suaresidência nesta ocupação. Além de serem vítimas da falta de moradia, além deviverem precariamente devido à resistência da prefeitura em desapropriar oprédio em favor das famílias que nele vivem e assim reformarem o imóvel edotá-lo de condições dignas, agora estas famílias estão ameaçadas por umdespejo forçado e ilegal.

O incêndio não é culpa das famílias que habitam o prédio, mas do descaso das autoridades que não desapropriam o imóvel e não o recuperam para dar dignidade aos moradores. O Estatuto das Cidades permite a desapropriação para interesse social, o Ministério das Cidades possui recursos para reformar o prédio, então por que não fazem isso e de fato garantam a segurança das famílias das Torres Gêmeas? O despejo não traz segurança para as famílias, apenas cria mais vítimas. Este incidente é uma oportunidade para que a Prefeitura de Belo Horizonte, o Estado de Minas Gerais e o Governo Federal tomem providências concretas no sentido de desapropriar o prédio e reformá-lo para que as famílias moradoras do mesmo tenham de fato segurança e paz.

Contribua com a luta dos sem-teto de Belo Horizonte,divulgue este comunicado e ajuda ás famílias a voltarem para suas casas. Sepossível preste sua solidariedade levando ao local alimento e agasalhos.


PELO RETORNO DAS FAMÍLIAS PARA SUAS CASAS.

PELA RETIRADA DA TROPA DE CHOQUE DA OCUPAÇÃO TORRES GÊMEAS

PELA DESAPROPRIAÇÃO DOS PRÉDIOS EM FAVOR DAS FAMÍLIAS QUE NELE VIVEM.

POR UMA COMISSÃO TÉCNICA DE VISTÓRIA COM A PARTICIPAÇÃO DE ENGENHEIROS INDICADOS PELOS MORADORES.



Belo Horizonte, 21 de setembro de 2010.

Associação dos Moradores das Torres Gêmeas

Brigadas Populares

Pastoral de Rua

Contatos: Célio: 92548155 / Glaudenice: 88193052/ Guilherme: 83129078/Sandoval: 87464209

VIVA A MINA DO POVO DE MINAS

Texto do teatrólogo Zé Celso Martinez. Quer entender um pouco como funciona a "democracia cultural" em Beagá? Leia.
http://teatroficina.uol.com.br/menus/45/posts/378






Ió! Tiago,


tive um insight agora quase dormindo. Estou no “AltoChão” uma praia em Santarém, onde desci do barco, para seguir depois de amanhã para Manaus. Aqui pude ter acesso por um modem ao seu email e às respostas da Tatiana.


Saquei que a Thaís [Pimentel, presidente da Fundação Municipal de Cultura] e as autoridades locais não aceitam o Teatro de Estádio em Praças Públicas, onde se misture toda a cidade. Temem ser acusados de mostrar ao público em Praça Pública os Tabús transmutados em Tótem. Temem que os eleitores os repudiem por estar permitindo a “pouca vergonha” na Praça Pública.


É a velha historia dos que querem pastorear o povo e transformá-lo em rebanho: “O Povo não está preparado para as coisas que mostra o Teatro Oficina para 2.000 pessoas, degraça!”. Mas como diz Oswald de Andrade no HOMEM E O CAVALO: “Pra trepar e pra comer todos nascemos preparados”.


É justamente o que o Ministro Juca Ferreira e sua equipe querem, e independe um pouco da falta de cultura e do medo que os poderes locais possam ter.


O Teatro Oficina, como o grego, é dirigido à Cidade, não a um público “entendido”, “culto”, de “classe”. É também para estes mas somente bate se for para todos, se vira Arte Pública. Os temores que tivemos para chegar ao povo de Canudos repetem-se. O fato de vocês se intimidarem e proporem um orçamento que sabem impossível para o nosso convênio com o MINC demonstra um recuo, um desejo de não arriscarem-se neste embate político. Parece mesmo que vocês não querem que apareçamos em BH com esta liberdade, que não querem se expor nesta luta necessária e maravilhosa, além de divertida e gostosa.


Nesta atitude sinto compactuação com o Poder da Tradicional Oligarquia da Velhíssima Família Mineira em querer responsabilizar-se por enfrentar esta obra de Arte da Liberdade de todos: de pobres e ricos serem livres para o Amor, para a liberdade, para atuar no que desejarem.


Nossa busca atingirá a glória do Teatro Grego se como eles tivermos coragem de abrir nossos abcessos fechados em Praça Pública. É uma questão de ÉTICA DA ESTÉTICA e da SOFISTICAÇÃO CULTURAL. O Povo não merece o Politicamente e hipócrita correto dos Teatros doutrinários de ONG.


Em Manaus aconteceu a mesma coisa, acabaram nos colocando no SESC, num bairro popular, mas não é um espaço público da cidade, mas do SESC. Em Brasília ocupamos a Praça dos Ministérios e tínhamos ao fundo da cena a Praça dos Três Poderes. Em Peixinhos, entre Olinda e Belém, fizemos as DIONISÍACAS num Centro Cultural da Prefeitura, quer dizer, do poder público. Foi um GOL !!!! No Pará fizemos na Praça da Bandeira, e todo poder político, estadual, etc. colaborou conosco. Foi uma atitude culturalmente extraordinária da governadora Ana Júlia. Mas na Bahia fizemos numa Escola de Dança para um peublico entediado da classe artística e cultural local, portanto, não foi um espetáculo de Teat®o de extádio público.


Muito grato por essa luz, queremos mesmo como Oswald de Andrade, a ÁGORA, o Poeta expondo seus abcessos na Praça Pública. Só assim atingiremos a glória de dar ao Brasil o Teat®o Brazyleiro, no patamar que o crescimento econômico e social do Brasil nos exige.


Enquanto as Tias da Oligarquia, à esquerda ou à direita, quiserem cercear o Poder do Teatro, que traz Poder e Phoder transhumanos para todos, em vez de recuarmos temos o direito e o dever de avançar na luta com felicidade guerreira pelo que desde Castro Alves acreditamos: “A Praça é do Povo como o Céu é do Condor”.


Se não conseguirmos vencer esta barreira vamos fazer talvez em Brumadinho, ou em Ouro Preto. Que acha Angelo Oswaldo? Que acha disto tudo Priscila? Eu acho um assasinato cultural, em pleno ano de eleições, em 2010, o povo de BH não ter direito à grande Arte, “ao fino biscoito que fabricamos”, e só ser chamado para comícios de Photoshop, onde ele aliás não comparece, não aceita ficar naquele cercado.


Queremos vocês conosco, sem pé atrás.


Ah! Tenho muita curiosidade de saber do conteúdo dos percalços que causamos.


Todo Amor, desejo de uma luta comum justa, libertária, de derrubar as novas Bastilhas. Liberdade ainda que tardia. Minas não pode estar aquém da luta dos Árcades da Inconfidência.


É uma questão Política de Ética Estética, além do politicamente correto e do velhíssimo exercício do poder contra a reunião das multidões de todas as classes se encontarem.


O q pode acontecer? Somente apaixonarmos todos que amam a vida, como tem acontecido pelo Brasil todo. O Povo e as classes da elite cultural e econômica, têm o direito de gozar juntos como os Gregos e os Reis Elizabetanos gozavam.


Outubro nas eleições será o que será mas não podemos temer a Liberdade da Cultura, o Poder do Anarquista Coroado, de nossa loucura libertada, de todos: burgueses e não burgueses. O Teatro de Estádio é o lugar único dos compartimentos sociais se reencontrarem no que tem de comum, mamíferos, mortais, essa sensação é o que o grande Teatro em todas Grandes Épocas da Humanidade puderam dar ao Público.


A Política, como é praticada é o lugar do cálculo, do marketing, do medo. O Teatro é o oposto, é o lugar onde podemos nos comunicar na Poesia, na Viagem nos nossos Subterrâneos que vindos à tona trazem nossa força, vinda de nossas Minas interiores.


Todo meu Amor a Minas, não solidária somente no Câncer, mas na Solidariedade dos desejos mais perversos e ocultos que fazem nossa grandeza humana





VIVA A MINA DO POVO DE MINAS


MERDA

A Cultura que exala

Uma coisa que muito me incomoda nessa gestão municipal é a capacidade de a Prefeitura se apropriar de algo como se fosse dela. Isso ocorre, principalmente, no campo cultural. Se não, vejamos:

Antigos projetos que eram executados à época de Patrus e Célio de Castro, como a Arena de Cultura, simplesmente não existem mais. Ou, se existem, eu não vejo falar deles - é a máxima da Publicidade: um produto só existe quando é conhecido ou falado sobre. E eu não ouço falar.


Mas o que eu quero falar é mais exatamente sobre o texto que li hoje, a partir de um tweet da Fundação Municipal de Cultura: http://fr.pbh.gov.br/?q=node/158 (Cliquem e leiam, por favor. Eu não vou reproduzi-lo aqui.)

É inegável que a FMC tem a sua cota de participação, que ajuda a difundir a cultura etc. Mas, pelo menos para mim, o fatídico episódio do FIT, no começo do ano, e da Praça da Estação - que parece se desenrolar por um bom tempo ainda - foram o estopim para se crer que em Belo Horizonte a cultura vive à sombra, à margem do que deveria ser.

Isso, claro, sem falar no Carnaval da cidade. Conversava eu, uns dias aí para trás, com pessoas do cenário do samba de BH. E, inevitavelmente, caímos no tema da expulsão (essa é a palavra mais adequada) da GRES Cidade Jardim da sua quadra para o provimento de uma creche. A principal alegação era de que a área é invadida. Acho que alegações do tipo "é o melhor local para a creche" devem ter sido ditas.

Para quem não conhece, a Escola fica em um barranco, no Conjunto Santa Maria, zona oeste, bem próximo à Av. Raja Gabáglia. Para quem é de fora de BH, a Raja é uma avenida que só passa por lugare$ bacana$ - Gutierrez, Luxemburgo, Estoril, São Bento, Santa Lúcia e, em um trecho pequeno, corta o Aglomerado Morro das Pedras. Logo abaixo, encontram-se casas luxuosas e mansões ostentosas do high society bairro Luxemburgo, já na zona sul. Eu disse que a alegação da expulsão era a invasão do terreno, certo? Pois bem. Dois pesos e duas medidas: o Luxemburgo também é área de terras devolutas (leia-se invasão). Não sou eu quem disse, foi a pessoa com quem conversei. E eu não duvido nem um pouco dessa situação.

E como é que se estimula uma Cultura de Culturas expulsando escolas de samba e as deixando sem local para ensaiar? E como é que se estimula a diversidade cultural jogando o Carnaval para a putaquiupariu da Via 240? E como é que se estimula a Cultura fechando a Praça da Estação aos grupos culturais e abrindo à Coca Cola? E o fracasso e desespero que foi a Parada Disney, que simplesmente devastou a Pampulha para um evento da Nestlé (aí, mais um evento pago!), deixou muita gente frustrada e os moradores emputecidos? E os teatros municipais, que estão aos cacarecos? Chico Nunes já está fechado, de tão precário que se encontra. O Marília vai indo pelo mesmo caminho.

Estímulo à cultura. Cadê? Ela não pode ser feita em apenas um sentido.

Responda-me, Thaís Pimentel, por favor. Se quiser, te deixo um espaço para seu Direito de Resposta. Só não me deixe falando sozinho, como faz o Sr. "Prefeito" Márcio Lacerda.

Questão de Senhorio

E não é que ainda vivemos como se estivéssemos divididos em Casa Grande e em Senzala?

Nota que saiu ontem no Portal UAI e estampa a capa do Jornal O TEMPO de hoje:

A festa dos torcedores no Bairro São Bento, Região Centro-Sul, na tarde desta sexta-feira, depois do jogo do Brasil, não estava tão animada quanto nos últimos jogos. A Polícia Militar, a Prefeitura de Belo Horizonte e a BHTrans foram rigorosos com os mais empolgados nesta Copa do Mundo.

Os bares fecharam as portas às 13h e ninguém mais entrou. Apenas os clientes que já estavam dentro dos estabelecimentos é que puderam consumir bebida alcoólica e festejar. Uma grande concentração de policiais fiscalizou a Avenida Cônsul Antônio Cadar entre as ruas Coronel Antônio Garcia e Professor José Renault, local de grande concentração de bares. Domingo passado, no jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, a PM informou que mais de 10 mil torcedores se juntaram neste quarteirão para comemorar teriam provocado desordem. Todas as avenidas de acesso ao Bairro São Bento foram cercadas de militares fazendo blitzes, abordando motoristas e aplicando testes do bafômetro.

(...)

A orientação do comandante do policiamento da capital, Coronel Cícero, era para que as pessoas não ficassem aglomeradas, porque a PM estava desfazendo estes grupos para evitar problemas. Além disso, motoristas que dirigiam com o som do carro muito alto foram orientados a reduzir o volume. O coronel ainda pediu para a população não se deslocar para o bairro na tentativa de festejar a Copa do Mundo.

A PM e a Secretaria de Defesa Social ressaltaram que a ação teve caráter preventivo e em resposta à solicitação de associação de moradores do bairro. Asseguraram ainda que o intuito da operação foi o de garantir tranquilidade e segurança para torcedores e moradores.


Belo lobby o dessa associação. Se o Santa Cruz (na Nordeste) pede algo do tipo, capaz de o Cel. Cícero achar engraçado e não levar a sério... Mas se for o Palmares ou o Cidade Nova, aí a coisa muda toda de figura...

Engraçado como é a atuação da PMMG. Vou contar um caso.

Há alguns dias, eu retornava do meu horário de almoço, e ia calmo e tranquilo para o serviço. Eu trabalho no São Pedro, perto do Pátio Savassi - ou seja, na Sul. Atravessando a Lavras, passei na frente de uma blazer da ROTAM. E, ao acabar de atravessar, a ROTAM parou ao meu lado, como se eu estivesse em atitude suspeita. (Sim, eles talvez pudessem me fichar por eu ter peidado na rua... Mas enfim...) Fiquei encafifado com aquilo. Eles pararam na esquina da rua do meu trabalho e ficaram me olhando entrar. Não desceram da viatura, mas ficaram me olhando como se eu, pretin do jeito que sou (e com muito prazer, obrigado), fosse algum tipo de marginal fugindo dos caras. 

E daí que eu trabalho perto do Morro do Papagaio? Isso se chama generalização. E pode gerar injúria - vide art. 140 do Penal:

Injúria

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

(...)

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)


Sei que, para policial, que tem o referendo do status quo, não adianta a aplicabilidade dessa lei. Se eles quiserem me dar geral por suspeita, eu não posso piar - se chiar, levo uns tabefes e ainda sou processado por... DESACATO!

No S. Bento, a atuação da PM é mais presente. Não pode ter bagunça para incomodar os senhores do dito bairro "nobre". Agora, se é no São Gabriel, Nazaré, Barreiro, Vista Alegre, Venda Nova... Ah, deixa esse povo si fudê, né não? Não estamos falando de Santa Lúcia, Anchieta ou Estoril - aí, a PM tá em peso, vigilando a morada dos nossos senhores.

Daí neguin não acreditar na PM, e a PM dar uma de Lula e dizer que "não sabe de nada".

Satan DETECTED!

Quando eu penso que nada mais me surpreenderia vindo do mundo das religiões, eis que a Igreja Universal do Reino de Deus me acorda para um choque de realidade. Sim, é possível que mais absurdos venham por parte da seita macediana.

O advogado Túlio Vianna postou hoje no seu Twitter o link para a notícia a seguir. Já o @cafasorridente me mandou outra. Pasmem.

Notícia 1:


A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver ao fiel Edson Luiz de Melo todos os dízimos e doações feitas por ele. De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson, que é portador de enfermidade mental permanente, passou a freqüentar a igreja em 1996 e desde então era induzido a participar de reuniões sempre precedidas e/ou sucedidas de contribuição financeira.

Segundo o advogado que representou o fiel, Walter Soares Oliveira, a quantia total a ser restituída será apurada com base nas provas, mas certamente ultrapassará os R$ 50 mil. Além de devolver as doações, a Igreja Universal ainda terá de indenizar o fiel em R$ 5 mil por danos morais.

No processo consta que "promessas extraordinárias" eram feitas na igreja, em troca de doações financeiras e dízimo. Teria sido vendida a Edson Luiz, por exemplo, a "chave do céu". A vítima também recebeu um "diploma de dizimista" assinado por Jesus Cristo [foto]. Com isso, as colaborações doadas mensalmente chegaram a tomar todo o salário do fiel, que trabalhava como zelador.

Em virtude do agravamento de sua doença, Edson foi afastado do trabalho, quando então passou a emitir cheques pré-datados para fins de doação à igreja. Ele ainda fez empréstimos em um banco e vendeu um lote por um valor irrisório, para conseguir manter as doações à instituição religiosa.


Notícia 2. Peguem os babadores.


A Igreja Universal do Reino de Deus tem um aparelhinho cuja lâmpada mede o grau de possessão demoníaca em fiéis.

Uma foto do psicoscópio – esse seria o nome do instrumento – foi exibida ontem em Campo Grande (MS) pela desempregada Sueli Ferreira de Moura (foto), 42, que por sete horas se manteve acorrentada ao portão de um templo em protesto contra a igreja por ter submetido o seu filho de 17 anos à lavagem cerebral.

Sueli disse que S., o seu filho, tem um psicoscópio para avaliar os jovens de um grupo do qual ele é o líder. Ela não soube explicar como funciona o aparelho. Pela foto, além de uma lâmpada e dois interruptores, ele   tem um microfone ou um altofalante.

Afirmou também que o filho usa em suas “partes íntimas” um óleo ungido por pastores para que ele não tenha desejos sexuais. “Para mim, isso é óleo de cozinha.”

Sueli disse que S. se tornou um “escravo”, porque passou a vender balas, calçados e eletrodomésticos para entregar o dinheiro à Universal. Ele já teria roubado para não deixar de pagar o dízimo.



Diploma de dizimista... Óleo corta-tesão... Detector de Exu-Caveira... Credo. 

Lembro-me de, em alguma época passada, alguém ter me dito que a Universal vendia a água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. (Era Jordão mesmo?) Pequenos frascos contendo uma suposta promessa de renovação por meio da propaganda de uma água que mais provavelmente veio da Copasa. 

Teve também a venda de pedrinhas que faziam parte do Muro das Lamentações. Daqui a pouco vão anunciar o Sabonete Milagroso do Lava-Pés de Jesus.

Será que ainda preciso explicar por que eu chamo o Templo Maior da IURD, no Bairro de Lourdes, de Shopping Center do Senhor?