Impedimento claro

Em época de Copa do Mundo, o que mais tem é gol anulado por causa de impedimento...


Não entendeu? Clique aqui.

Questão de Senhorio

E não é que ainda vivemos como se estivéssemos divididos em Casa Grande e em Senzala?

Nota que saiu ontem no Portal UAI e estampa a capa do Jornal O TEMPO de hoje:

A festa dos torcedores no Bairro São Bento, Região Centro-Sul, na tarde desta sexta-feira, depois do jogo do Brasil, não estava tão animada quanto nos últimos jogos. A Polícia Militar, a Prefeitura de Belo Horizonte e a BHTrans foram rigorosos com os mais empolgados nesta Copa do Mundo.

Os bares fecharam as portas às 13h e ninguém mais entrou. Apenas os clientes que já estavam dentro dos estabelecimentos é que puderam consumir bebida alcoólica e festejar. Uma grande concentração de policiais fiscalizou a Avenida Cônsul Antônio Cadar entre as ruas Coronel Antônio Garcia e Professor José Renault, local de grande concentração de bares. Domingo passado, no jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, a PM informou que mais de 10 mil torcedores se juntaram neste quarteirão para comemorar teriam provocado desordem. Todas as avenidas de acesso ao Bairro São Bento foram cercadas de militares fazendo blitzes, abordando motoristas e aplicando testes do bafômetro.

(...)

A orientação do comandante do policiamento da capital, Coronel Cícero, era para que as pessoas não ficassem aglomeradas, porque a PM estava desfazendo estes grupos para evitar problemas. Além disso, motoristas que dirigiam com o som do carro muito alto foram orientados a reduzir o volume. O coronel ainda pediu para a população não se deslocar para o bairro na tentativa de festejar a Copa do Mundo.

A PM e a Secretaria de Defesa Social ressaltaram que a ação teve caráter preventivo e em resposta à solicitação de associação de moradores do bairro. Asseguraram ainda que o intuito da operação foi o de garantir tranquilidade e segurança para torcedores e moradores.


Belo lobby o dessa associação. Se o Santa Cruz (na Nordeste) pede algo do tipo, capaz de o Cel. Cícero achar engraçado e não levar a sério... Mas se for o Palmares ou o Cidade Nova, aí a coisa muda toda de figura...

Engraçado como é a atuação da PMMG. Vou contar um caso.

Há alguns dias, eu retornava do meu horário de almoço, e ia calmo e tranquilo para o serviço. Eu trabalho no São Pedro, perto do Pátio Savassi - ou seja, na Sul. Atravessando a Lavras, passei na frente de uma blazer da ROTAM. E, ao acabar de atravessar, a ROTAM parou ao meu lado, como se eu estivesse em atitude suspeita. (Sim, eles talvez pudessem me fichar por eu ter peidado na rua... Mas enfim...) Fiquei encafifado com aquilo. Eles pararam na esquina da rua do meu trabalho e ficaram me olhando entrar. Não desceram da viatura, mas ficaram me olhando como se eu, pretin do jeito que sou (e com muito prazer, obrigado), fosse algum tipo de marginal fugindo dos caras. 

E daí que eu trabalho perto do Morro do Papagaio? Isso se chama generalização. E pode gerar injúria - vide art. 140 do Penal:

Injúria

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

(...)

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)


Sei que, para policial, que tem o referendo do status quo, não adianta a aplicabilidade dessa lei. Se eles quiserem me dar geral por suspeita, eu não posso piar - se chiar, levo uns tabefes e ainda sou processado por... DESACATO!

No S. Bento, a atuação da PM é mais presente. Não pode ter bagunça para incomodar os senhores do dito bairro "nobre". Agora, se é no São Gabriel, Nazaré, Barreiro, Vista Alegre, Venda Nova... Ah, deixa esse povo si fudê, né não? Não estamos falando de Santa Lúcia, Anchieta ou Estoril - aí, a PM tá em peso, vigilando a morada dos nossos senhores.

Daí neguin não acreditar na PM, e a PM dar uma de Lula e dizer que "não sabe de nada".

O José Serra foi um dos principais mentores da privatização da Vale.

FHC não foi responsável pelo Plano Real, de acordo com o Itamar Franco.

Não estou afirmando nada. Só recebi esse vídeo e estou repassando para vocês. É realmente muito curioso ouvir algo tão sério assim:

Meu mundo caiu...



O ex-ministro Patrus Ananias (PT) atendeu aos apelos da militância e de líderes petistas e sinalizou que vai aceitar ser o candidato a vice na chapa com o peemedebista Hélio Costa. Ao final do encontro estadual do Partido dos Trabalhadores, em Contagem, ele disse que antes de oficializar o “sim”, quer ouvir algumas pessoas, entre eles os seus familiares, na sua cidade natal, Bocaiúva.

Antes do início do encontro Patrus havia dito que, em uma escala de zero a 10, a chance de ele aceitar a ser vice era de 8 pontos. Após ouvir os apelos de lideranças e ser ovacionado pela militância, ele corrigiu o número dizendo que a chance “consolidou no nove”.

“Só não quero formalizar essa questão porque ainda faltam algumas pessoas que eu quero ouvir. São pessoas com presença muito forte na minha vida, na minha trajetória existencial, política e social. A minha mãe é uma dessas pessoas, certamente a mais importante”, disse o ex-ministro.

Patrus Ananias irá a sua cidade natal, Bocaiúva, no Norte de Minas, na próxima quarta-feira, para ouvir a sua mãe, Ana Maria Tereza, e os amigos.


Pronto. Está tudo acabado.

Pimentel, o flanelinha.

Um plus para um ideal

Depois de ver esse vídeo, percebi uma coisa:

O Socialismo, para durar mais tempo e dar mais certo, precisava apenas de um fundo musical. Massa.


Humoristas de Israel Fazem piadas sobre o Acordo Brasil - Turquia - Irã


Eu achei que eles não tinham bom humor. Odeiam piadas sobre judeus, adoram jogar bombas em Palestinos, roubar territórios estrangeiros, construir bombas atômicas e outras armas de destruição em massa. Eu acho que para eles a diplomacia deve ser uma grande piada e a guerra e matança um grande lazer.

O Lacerdinha não brinca em serviço.

Reitor da UFMG é designado para cargo em órgão do governo

Ontem eu estava acompanhando o twitter e uma notícia exibida pelo @ufmgbr me chamou a atenção: “Campolina é designado para Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República http://bit.ly/dqcI9N.” Sim, meus amigos, o Reitor Clélio Campolina agora tem um cargo em um órgão do governo, de assessoramento imediato ao presidente da República.

A competência do Reitor na área de ciências econômicas é inquestionável, mas será que esse cargo não é fruto de a universidade ceder às vontades do governo? Será que isso não é um agrado ao fato de, por exemplo, subitamente a UFMG adotar o ENEM em parte de seu processo seletivo?

Acho que morreremos com esta dúvida: politicagem ou competência?

Talvez ambos...

#PorraLacerda: Praça da Estação

Vejam só se eu estava errado ou não em dizer que a eleição desse "prefeito" foi uma lástima para Beagá. Isso, eu disse em 2008!

Confiram essa matéria do Jornal O TEMPO, sobre a questão da Praça da Estação. Atentem-se para a fala do secretário Fernando Cabral. Simplesmente afirma que praça não é lugar de teatro. WTF? E o que o FIT tava fazendo lá esses tempos todos?

Degustem, repassem e se indignem.

Mario



Quando o público se torna privado
Douglas Resende e Julia Guimarães


Na trajetória do Grupo Galpão, por diversas vezes a praça da Estação serviu de palco aberto para seus espetáculos. Essencialmente um grupo de teatro de rua, eles apresentaram lá "Romeu e Julieta" e "Um Molière Imaginário", alcançando um contato delicado e mais direto com o público, que estaria ali numa comunicação olho no olho, trazendo belos e raros momentos de poesia para o centro da cidade.

Esses momentos, no entanto, correm o risco de não voltar a acontecer, depois da decisão imposta pela Prefeitura de Belo Horizonte, no início do mês passado, estabelecendo valores entre R$ 9 mil e R$ 19 mil para a realização de eventos no local.

"Com uma taxa dessas torna-se completamente inviável fazer eventos delicados como teatro", diz Inês Peixoto, atriz do Galpão. "Mesmo para nós, que somos um grupo com patrocínio da Petrobras, é completamente inviável".

O Galpão é tomado aqui apenas como um exemplo de como a restrição ao uso da praça da Estação tem gerado preocupação. Nos últimos meses, muitos protestos têm sido feitos na própria praça, no que foi chamado de "Praia da Estação". Um deles, no dia 9 de maio, foi impedido pela polícia e fiscais da prefeitura. "Nos disseram que poderíamos fazer um evento quando quiséssemos, desde que fosse paga a taxa da licença. Isso é uma proibição velada", comenta Guto Borges, músico do Dead Lover’s Twisted Heart, grupo que tocaria naquele dia.

Antes disso, uma audiência pública havia sido convocada na Câmara Municipal pelo vereador Arnaldo Godoy na tentativa de ampliar o debate com a prefeitura, já que a decisão havia sido tomada de "forma arbitrária", como diz Godoy. "Achamos que os critérios são muito rigorosos", continua ele, referindo-se ao cercamento do espaço para limitar o número de pessoas.

Se, mesmo com patrocínio da Petrobras, o Galpão não teria condições de realizar um evento na praça, pressupõe-se que apenas grandes corporações poderiam - por exemplo, a Coca-Cola, que organiza, junto com a prefeitura, grandes eventos na praça da Estação durante a Copa do Mundo.

"O que é espaço público livre acaba. Vira um espaço público como lugar de marketing", diz a historiadora e urbanista Myriam Bahia Lopes, professora da Escola de Arquitetura e Urbanismo (EAU) da UFMG, acrescentando que se trata de um movimento mais amplo da sociedade atual. "É uma grande briga por ocupação total do espaço público como espaço de marketing. E não sobre espaço como uma questão da vida da cidade", continua Myriam: "O prefeito diz que a população não pode, mas tal empresa pode. Porque quem paga pode", avalia a pesquisadora.

As transformações pelas quais a praça da Estação está passando têm a ver, portanto, com a forma como a cidade e seus espaços são olhados politicamente. "Faz parte de uma mentalidade que identifica o espaço público não como um espaço público livre, mas como ‘cidade espetáculo’. A cidade se torna mera tela de projeção para a vida", diz a professora. "São opções políticas. Outras cidades tomam outras opções e resistem a essa pressão".

O resultado, continua ela, é a formação de uma população feita de consumidores e "não de pessoas que possam ter uma relação criativa com a cidade".


Retrospecto dos principais fatos

9 de dezembro de 2009. É publicado decreto, assinado pelo prefeito Marcio Lacerda, proibindo a ‘realização de eventos de qualquer natureza na praça da Estação’

4 de maio de 2010. Depois de uma audiência pública na Câmara, o prefeito assina um novo decreto, revogando o primeiro e estabelecendo valores entre R$ 9 mil e R$ 19 mil para a realização de eventos no local.

8 de maio. A praça tem a sua primeira manifestação reprimida com base no novo decreto, o Eventão, organizado pelo Coletivo "Praia da Estação".




Na praça. Abertura do Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua (FIT-BH) de 2006, na praça da Estação

FOTO: Guto Muniz/divulgação


"Para que praça sem festa?"
Qual o sentido de uma praça para uma cidade? Mais especificamente, qual o sentido da praça da Estação para Belo Horizonte? Essas perguntas vêm à tona diante da necessidade de debate que criam as decisões tomadas pela prefeitura.

A praça da Estação tem um papel histórico importante para a fundação de Belo Horizonte. "A estação era por onde as pessoas chegavam, a porta de entrada da cidade", comenta a historiadora e urbanista Myriam Bahia Lopes. Segundo ela, a construção do Boulevard Arrudas já se constitui uma "redução do verde" e uma "expulsão e segregação" da população naquele espaço. "O interessante hoje é que existem mobilizações populares, com a criatividade. Você dizer ‘Praia da Estação’ é exatamente voltar à função original da praça, que era ligar o interior com o exterior. Você faz essa ficção, mas que remete à questão original", comenta Myriam.

Para a atriz Inês Peixoto, do Grupo Galpão, é contraditório o fato de que a praça da Estação tenha sido reformada em 2003 justamente para receber manifestações culturais e agora haja uma cobrança pelo seu uso. "Acho que existe um equívoco muito grande ao haver cobrança para manifestações artísticas numa praça. Desde os tempos remotos, a praça é do povo, um espaço onde a população aprende a exercer sua cidadania. E as pessoas já estão ficando tão presas em shoppings e condomínios que perder um espaço central e democrático como a praça da Estação é ainda mais grave", observa.

Quando Inês diz que "a praça é do povo desde os tempos remotos" ela está evocando o significado original - algumas vezes esquecido - de uma praça. Na cultura grega antiga, em muitos sentidos ainda a base de nossa cultura, a praça - ou a ágora - era "o local onde se realizavam assembleias que marcam a criação do conceito e da prática de democracia", como define Jacyntho Lins Brandão, professor de grego na Faculdade de Letras (Fale) da UFMG. "Assim como o palácio está para a realeza, a praça aberta está para a democracia".

A relação da praça com as festividades e a consequente comunhão entre pessoas nesse tipo de evento é lembrada pelo professor. "Isso tudo leva a pensar por que, no nosso imaginário, pensamos que cidades têm de ter praças. Em primeiro lugar, saliente-se que temos aí uma espécie de necessidade humana em nível geral, pelo menos se pensamos que os problemas de uma sociedade podem ser resolvidos através do encontro das pessoas - basta pensar numa aldeia indígena típica, que se organiza como uma ferradura em volta de um espaço aberto, onde a comunidade se encontra de modo intenso. Em sociedades mais complexas e maiores, esse encontro constante é mais difícil, por isso há um relacionamento da praça com festividades, momentos em que a comunidade pode suspender a rotina diária dedicada ao trabalho, para entregar-se a uma atividade mais imprescindível, que é o convívio com os pares", comenta, finalizando: "Enfim, pensando no nosso assunto: para que ter praça se não for para fazer festa?"


Sem palco e som, uso é gratuito
Um dos pontos ressaltados pelo secretário da Regional Centro-Sul, Fernando Cabral, no que se refere à cobrança pelo uso da praça da Estação é que ela não se aplica a manifestações culturais que não utilizem instalação de palco e/ou sistema de sonorização.

Segundo o decreto, instituições que queiram usar esses equipamentos só poderão realizar eventos na praça uma vez por mês, cuja escolha será feita por sorteio. “Embora haja a previsão do sorteio, acredito que a comissão terá o discernimento para definir o que é mais importante para a cidade. Creio que o sorteio só será feito quando houver dois eventos semelhantes”, diz. (JG)



Minientrevista
Fernando Cabral Secretário municipal da Regional Centro-Sul, responsável da Prefeitura de Belo Horizonte pela região da praça da Estação

O que levou a Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na Praça da Estação a adotar a medida que cobra para o uso da praça? Percebemos que várias instituições que antes utilizavam espaços privados para a realização de eventos começaram a migrar para a praça da Estação porque o custo lá era nenhum. E a finalidade da praça da Estação, no caso de um espaço público, não é para isso. Com a cobrança, nosso intuito não é penalizar, mas tirar esse incentivo para quem vinha utilizando o espaço privado e preferiu passar para público.

Esses valores estipulados pela prefeitura não excluem artistas que querem se apresentar na praça, mas não têm condições de pagar? Nós temos na cidade os projetos Quarteirão do Soul e o Hip Hop. Eles fazem eventos toda semana e eu os isento de taxas, mas nunca pleitearam a praça da Estação. Agora, é claro que não tem sentido a gente tomar uma praça para um grupo de teatro, lá não é um local adequado a isso. Porque no teatro as pessoas têm que escutar o que está sendo dito.

Mas já aconteceram várias apresentações de teatro lá... Cada caso é um caso. Aquilo que o grupo gestor achar conveniente para a cultura da cidade terá tratamento específico. Nosso objetivo não é proibir manifestação cultural, muito pelo contrário, até se for o caso, a praça está mais reservada para isso.

Embora tenha ocorrido uma audiência pública, o novo decreto não levou em conta as reivindicações levantadas pela sociedade civil. Por que ela foi excluída desse processo? Primeiro, temos que definir qual é o papel do governo. Nós temos aí um prefeito legitimamente eleito, então não podemos abrir mão do papel de governar. Aqui não é uma democracia grega de criar assembleia em praça pública e decidir os destinos da cidade. Temos obrigação de zelar pelo patrimônio público, um espaço tombado que vinha sendo depredado. Então, criamos um arcabouço que garanta a sobrevivência daquele local.


Publicado em: 06/06/2010 - Jornal O TEMPO, caderno Magazine.


Hélio Costa, goela abaixo

Sim, caríssimos leitores. O PT finalmente mostrou a que veio. À venda, mas tinha que ser por um preço altíssimo. Senhoras e senhores, o pré-candidato da base aliada do Governo Lula é o senhor Hélio Calixto da Costa, 70 anos, natural de Barbacena, ex-Ministro das Comunicações e eterno pupilo da Rede Glóbulo.

Depois de muito bate-boca na mídia, entrevista na Itatiaia de cá, falação na Band News de lá, parecia ontem que Fernando Pimentel seria mesmo o candidato da base aliada. Ou que haveria palanque duplo - como haverá na Bahia. Mas nem tudo que parece é. Hoje, às 15h30, pelo Twitter já fiquei sabendo da imposição de Costa à chapa apoiadora de Dilma. E foi estarrecido que li o Portal Uai dizer que "presidentes nacionais do PT e PMDB vão anunciar o nome às 17h, em Brasília, passando por cima da decisão dos petistas mineiros".

Passou por cima, mesmo? Será que não era só maquiagem? Bom, las brujas...

Uma das alegações para a desistência do Pimentel, segundo o Jornal da Band de hoje e que pude confirmar nesta matéria do O Globo:

O afastamento do jornalista Luiz Lanzetta não será a única baixa no comando da campanha da pré-candidata petista Dilma Rousseff. Considerado um homem-problema não só por causa do episódio dos supostos dossiês contra o tucano José Serra e a vinculação com Lanzetta, mas também devido ao impasse na aliança com o PMDB mineiro, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel será isolado do núcleo duro da campanha. Com isso, se fortalecem no comando o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci (SP), que desistiram de disputar a eleição para ter exclusividade na coordenação.

E tudo começou com o racha, quando da eleição municipal, que acabou elegendo o Márcio Lacerda, cria do Aécio Neves. Depois de 16 anos, o PT perde a prefeitura da quarta maior capital do país. (Não me venha com essa de que, sendo o vice Roberto de Carvalho petista, que o PT continua na liderança; ganhou Lacerda, ganhou o Aécio, ganhou o PSDB.)

É o PT mineiro cavando sua sepultura. Na verdade já cavou, só estão enterrando os defuntos. Um deles, o Patrus Ananias.