"Dedaço" em Belo Horizonte, critica ministro dos Esportes


Foto Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 11/07/2008
fonte: Blog das Eleições do Portal UAI


Em crítica ao processo eleitoral em Belo Horizonte, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirma a este blog [Blog das Eleições do Portal UAI]: "A escolha do candidato da aliança, Márcio Lacerda (PSB), se assemelha à tradição autoritária mexicana do dedaço".

A referência foi feita ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), que durante 70 anos, delegava ao presidente da República a indicação "no dedo" do candidato da legenda que "concorreria" às eleições. Uma vez escolhido, não havia mais discussão dentro do PRI. O novo presidente estava praticamente nomeado já que a "competição" entre os demais candidatos era simbólica.

A prática foi rompida com Ernesto Zedillo, presidente do PRI como os outros nove que o antecederam a partir de 1929. Zedillo introduziu em 1979 eleições primárias para a indicação do candidato do partido. A experiência não terminou bem para o PRI nem para a "ditadura perfeita", nos termos de Mario Vargas Llosa, já que, em 2000 o candidato da oposição Vicente Fox saiu- se vitorioso nas urnas.

"É uma pena que o eleitor de Belo Horizonte tenha sido tratado como um curral de um rincão esquecido do Brasil", reclama. Orlando Silva está empenhado na candidatura de Jô Moraes (PCdoB). "Ela é a prioridade de nosso partido", diz ele, também dos quadros do PCdoB.