“Israel vai libertar nesta segunda-feira 199 prisioneiros palestinos em gesto de apoio ao presidente palestino, Mahmud Abbas, declarou neste domingo a administração penitenciária do país.” (Folha Online)


O primeiro-ministro Ehud Olmert anda afirmando que vai liberar esses prisioneiros como uma forma de mostrar boa vontade em relação à autoridade Palestina no tão prolongado processo de paz. Olmert e Abbas firmaram tal acordo colocando o dia 25 de agosto como o provável dia da libertação.


Não acredito que Israel vai querer ceder no processo de paz com a ANP. A real intenção israelense é de enfraquecer o grupo político e guerrilheiro Hamas, e dar forças ao também guerrilheiro Fatah. Uma evidência disso é que a maior parte dos prisioneiros pertence ao grupo do Abbas e nenhum faz parte do Hamas. Israel não aceita o fato de o Hamas ter vencido as eleições para primeiro-ministro da ANP e depois ter tomado militarmente a região de Gaza.


O Fatah passou a se tornar um forte aliado americano após o Mahmud Abbas assumir o seu controle. A partir desse momento, passou a não ser mais chamado de grupo terrorista pela mídia ocidental, ao contrário do que acontece com o Hamas. Os israelenses preferem ter o Fatah no poder, porque é um grupo que não representa mais forte ameaça aos seus interesses políticos e econômicos. São mais fáceis de serem controlados.


Para que ocorra um verdadeiro processo de paz na região, os EUA e Israel devem parar de interferir na política da ANP e os judeus devem devolver as Colinas do Golã para a Síria. Não acredito que isso vá ocorrer, tendo em vista o histórico político do país. Eles sempre procuram impor seus desejos aos muçulmanos, desrespeitando os Direitos Humanos e as leis internacionais. O maior problema para os islâmicos é o fato de Israel possuir grande respaldo em suas ações arbitrárias por parte dos EUA, e consequentemente, da ONU.