O colunista da revista Veja, Diogo Mainardi, foi condenado pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo a pegar três meses de cadeia por difamação e injúria. Os crimes foram cometidos contra o Jornalista Paulo Amorim. A pena pode ser convertida em três salários mínimos. Ele tem direito de recorrer.


O que mais me impressionou foi o fato de a grande imprensa não ter publicado tal acontecimento. Eu tive acesso a essa informação por meio do Portal Vermelho, do Partido Comunista Brasileiro. Gostaria de ver se a Veja agora vai publicar uma capa sensacionalista com a cara do Mainardi numa cela de prisão. A revista que adora incriminar as pessoas sem antes esperar a decisão da justiça, agora vai ter que engolir essa.


Alexandre Fidalgo, advogado do réu, afirmou que a decisão do TJ de São Paulo é “uma violação à liberdade constitucional de opinião”. Um dos juízes responsáveis pela ação afirmou que a “liberdade de imprensa não é um escudo para se censurar pela calúnia”.


Trechos da reportagem publicada pelo portal Vermelho e assinada pelo Paulo Amorim:


O PiG (Partido da Imprensa Golpista) não deu uma única linha sobre a condenação de Diogo Mainardi na Justiça Criminal de São Paulo. Diogo Mainardi foi condenado a três meses de cadeia. Se tiver dinheiro, pode converter a pena em dinheiro


O mais importante, porém, foi Mainardi perder a “primariedade”. O que significa que, se for condenado de novo, por não ser mais primário, vai ter que ir, obrigatoriamente, em cana. Do ponto de vista das instituições, a decisão por 3 x 0 manda um sinal a todos os colonistas e “jornalistas” do PiG.


O PiG e a Associação Nacional dos Jornais — seu lobby em Brasília — tentam impor a doutrina de que a liberdade de imprensa é ilimitada. A dupla condenação de Mainardi no Crime — já tinha sido condenado no Cível, também em segunda instância e também por unanimidade — fixa limites legais à liberdade do PiG.


Tanto assim que o PiG preferiu ignorar a condenação. Mainardi escreve na revista de maior circulação do país, a Veja, a última flor do Fascio, uma revista inescrupulosa, em que o leitor não distingue comércio de informação.


Mainardi escreveu um livro best-seller, que, no título, chama o Presidente da República de anta. Mainardi participa de um programa na tevê a cabo, de alcance nacional. Não é um desconhecido. Ele é um símbolo dessa imprensa que flagela o Brasil. E, por isso, por ela foi absolvido.