No tão falado processo de globalização, países desenvolvidos estão conseguindo manter seus privilégios econômicos e políticos por meio da usurpação das riquezas dos povos periféricos. Com o decorrer do tempo, os países do norte vão acumulando suas riquezas e os do sul vão sendo esmagados. A globalização prega o livre comércio e o livre fluxo de capitais, mas não aceita a livre migração de pessoas. Não se pode esperar mais do que o aumento das desigualdades entre ricos e pobres e o aumento do domínio político e econômico dos chamados desenvolvidos em relação aos não desenvolvidos.

Mais uma vez os países pobres perderam na queda de braço para os poderosos. A rodada de Doha, que já dura sete anos, foi fracassada. O maior desafio para os países do eixo do sul é conseguir acabar ou diminuir com os subsídios agrícolas praticados pelos países ricos, uma vez que tais subsídios faz com que a concorrência nesse setor se torne desleal, prejudicando, principalmente, países africanos que possuem a agricultura como principal fonte de riqueza.


"É lamentável para a economia mundial nesse momento e é muito ruim para os países mais pobres, principalmente para aqueles mais pobres dentre os pobres, porque eles receberiam maiores benefícios", afirmou Celso Amorim.


O ministro do Comércio da Nova Zelândia, Phil Goff, disse ser improvável que um novo encontro de ministros aconteça antes do segundo semestre de 2009. "Vai ser muito difícil conseguir realizar quaisquer discussões significativas antes que ocorra a mudança na Casa Branca e haja eleição na Índia", afirmou.


O que se espera é que nas próximas reuniões países como China, Índia, EUA e UE, a exemplo do Brasil, comecem a ceder nas negociações, pensando mais no âmbito global e menos em suas próprias economias.

Infelizmente, sabemos que não será possível chegar a um acordo que beneficie os países pobres. Desde a época da colonização se vê grande ganância e uma falta de solidariedade dos países ricos em relação aos outros países, considerados como "o resto do mundo". Não devemos esperar mais do que um "acordo de comadres" na rodada de Doha.


Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u427504.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u427579.shtml