Os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais, mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais considerar a paralisação ilegal, decidiram em assembléia ocorrida no dia de hoje, 11 de maio, a continuidade da greve iniciada do dia 8 de abril de 2010.

Eles realizaram, também hoje, uma grande manifestação em frente ao Palácio da Liberdade em Belo Horizonte, causando grandes problemas no trânsito.

A categoria reivindica que o governo de Minas Gerais cumpra a Lei Federal nº. 11.738/08 – que estipula o piso salarial dos profissionais de educação em R$ 1.312,85.

Atualmente, o piso salarial, que é o salário sem os benefícios, de um professor estadual que tem curso superior e trabalha 24 horas semanais está em cerca de R$ 500,00. O pagamento total varia de, aproximadamente, R$ 850,00 a R$ 950,00.

Alguns podem pensar: “24 horas semanais é muito pouco!”, mas a profissão de professor é uma das que mais exige trabalho fora do horário de expediente, com, por exemplo, planejamento de aulas e atualização de conhecimentos.

As negociações podem ser muito difíceis, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que o governo conceda reajustes salariais nesse período atual, próximo das eleições.

Infelizmente, essa é uma das categorias mais desrespeitadas do país. É vítima da má gestão que ocorre no atual governo de Minas Gerais, em que preferem “brincar de JK”, construindo um imenso e caro centro administrativo ao invés de cuidarem do que é urgente, como a educação. É a seleção incorreta de prioridades, muito comum no Brasil.

Enquanto eles exibem seus prédios e viadutos com o intuito de conseguirem mais votos, os professores continuam com salários ridículos e os alunos da rede estadual são cada vez mais prejudicados pela greve.

Na próxima terça feira, dia 18 de maio, haverá nova assembléia da categoria.