Em nota oficial divulgada nesta terça (30) à tarde, a Fundação Municipal de Cultura (FMC) e a Prefeitura de Belo Horizonte garantiram a realização do Festival Internacional de Teatro - Palco & Rua (FIT) em 2010. Esta nota foi divulgada logo após o anúncio da saída de dois dos curadores do festival, Eid Ribeiro e Richard Santana, que pediram demissão através de uma carta nesta manhã.

No último dia 18, Thaís Pimentel anunciou o cancelamento da 10ª edição do FIT numa coletiva que tinha, como assunto principal, a divulgação do resultado da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Como justificativa, dificuldade para realizar o festival em anos de Copa do Mundo e eleições.

Desde então, ocorreram várias manifestações, da classe artística, de políticos e da sociedade civil, pedindo a realização do festival.

Na carta aberta entregue nesta terça à Thaís Pimentel, presidente da FMC, Eid Ribeiro e Richard Santana revelaram que o cancelamento foi em consequência de problemas orçamentários que impediram que a equipe do FIT realizasse seu trabalho. Entre eles, o atraso nos salários durante os seis primeiros meses da gestão de Márcio Lacerda e os últimos cinco meses, desde novembro.

A curadoria do festival também teve dificuldades de verba para as viagens de prospecção de espetáculos, e a situação financeira não se estabilizou até março deste ano, quando foi decido o cancelamento, pois algumas companhias internacionais começaram a desfazer os convênios com o festival por conta da falta de contratos assinados.

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Os curadores revelaram uma coisa da qual há muito se tinha consciência tácita: a atual gestão da Prefeitura de Belo Horizonte é descompromissada com a cultura (para não dizer termos chulos, que envolvem defecação e caminhada). 

Muito me admira a pessoa do sr. "prefeito", Márcio Lacerda, que supostamente seria um gestor técnico que seria guardião daquilo que já estava sendo feito. E, como vemos, a PBH não deu a devida importância à sua cultura - e, por meio dela, à sua exposição internacional. É cagada atrás de cagada. E a Prefeitura... Isso aí que você pensou.

Agora, é fazer com que o FIT não seja realizado como tapa-buraco. Mas à altura do que ele foi nos últimos anos.