Me falaram, há alguns dias, que o FHC ainda estava vivo. Eu não acreditei até me deparar com uma notícia em que o presidente estava dando alguns pitacos na política nacional. Eu achei que ele, por já ter dado sua contribuição ao país, já tivesse se aposentado. Lembro-me muito bem da famosa flexibilização dos Direitos Trabalhistas, dos "ajustes" feitos na previdência social, das privatizações, do auxílio aos congressistas para votarem a favor da reeleição, e muitas outras ajudas de extrema valia ao nosso país. Somos muito gratos ao presidente tucano e sabemos como foi difícil descarregar no nosso país a sua moderna política neoliberal.

Na notícia, o democrata FHC afirmou que é preciso “um basta no continuísmo antes que seja tarde”. Ele considera que, atualmente, o “DNA do ‘autoritarismo popular’ vai contaminado o espírito da democracia”.

“Vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar (...) Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo ‘Brasil-potência’” (FHC)
Ao longo do texto, cujo título é “Para onde vamos?”, o ex-presidente critica medidas de Lula, como a proposta de mudança na legislação do petróleo para a exploração da camada do pré-sal, a 'ingerência governamental” na Vale e o processo de compra de aviões militares pelo Brasil. FHC classifica tais exemplos de “pequenos assassinatos”. 

“Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada?”, questiona. “Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou?”, acrescenta, se referindo a preferência de Lula por caças franceses.

FHC também pergunta o porquê de “antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro exibindo uma candidata clauditante”. Para o ex-presidente, Lula escolheu “no dedaço” a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para ser a candidata do PT nas eleições presidenciais de 2010.

Em um trecho do artigo, o ex-presidente critica a aproximação diplomática do Brasil com o Irã. “Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não das lei, dos bons costumes”.

Fonte: G1


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